Sindicalista sai ferido em protesto na Arena Amazônia
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Manaus/AM - Uma equipe do Ministério Público do Trabalho (MPT) da 11ª Região e da Justiça do Trabalho vistoria na manhã desta segunda-feira, 16, o canteiro de obras da Arena Amazônia, em Manaus. Por pedido do MPT, a obra está interditada desde sábado, dia 14, em todos os setores que envolvem atividades em altura, depois que dois operários morreram.

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Sindicalista Cícero Custódio
Ainda nesta segunda-feira, os operários da Arena Amazônia realizaram protesto pedindo melhores condições de trabalho no local. Há relatos de que os trabalhadores estão fazendo até 30 horas extras por semana.
Durante o protesto houve agressão aos manifestantes por parte dos seguranças da construtora Andrade Gutierrez e o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil do Estado do Amazonas (Sintracomec-AM), Cícero Custódio, o Sassá, saiu com ferimentos leves.
Fotos: Pedro Braga Jr
As reivindicações dos trabalhadores passam por maior segurança no trabalho e melhores salários.
A interdição será mantida até que seja atestado, mediante laudo detalhado, o atendimento dos requisitos mínimos e das medidas de proteção para trabalho em altura. A perícia já havia sido determinada pela Justiça para verificar o cumprimento das obrigações pela Construtora Andrade Gutierrez, responsável pelas obras em Manaus, em ação civil pública movida pelo MPT.
Foto: Leitor via WhatsApp Portal do Holanda
O processo foi instaurado, em março, após detectadas irregularidades nas obras e depois de um trabalhador sofrer acidente fatal durante o trabalho, ao cair de uma altura de aproximadamente 5 metros – primeiro acidente ocorrido na Arena Amazônia.
A perícia é acompanhada por procuradores do Trabalho. Também compõem a equipe um perito técnico do MPT de Porto Velho (RO), com experiência na fiscalização de grandes obras, e auditores fiscais do Trabalho, da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Amazonas.
Desde janeiro de 2012, as investigações e fiscalizações têm sido intensificadas nas obras da Arena Amazônia após serem constatadas diversas irregularidades no canteiro de obras, segundo o MPT. Na ocasião foi firmado um termo de ajustamento de conduta com a Construtora Andrade Gutierrez.
Porém, em janeiro de 2013, após visita de auditores fiscais, detectou-se violações a regras relacionadas à segurança do trabalho em altura, segurança do trabalho com máquinas e equipamentos, de instalações elétricas e contra projeção de materiais.
A Construtora Andrade Gutierrez, por meio da assessoria de imprensa, informou que as obras ainda não foram retomadas e que não vai comentar questões judiciais.
Fonte: Reportagem do Portal do Holanda e Agência Brasil

ASSUNTOS: 2014, agressão, Amazonas, arena amazônia, copa, interdição, protesto, segurança, Manaus, Amazonas