Capitão Alberto Neto, eleito deputado federal, responde pelo crime de extorsão
Manaus/AM - O capitão da Polícia Militar, Alberto Neto, está sendo alvo de uma investigação no âmbito da Corregedoria Geral da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), pela suspeita de extorsão de um motorista de aplicativo em dezembro do ano passado. O capitão foi eleito deputado federal com mais de 107 mil votos no último domingo.
A abertura do inquérito policial militar foi determinada pelo corregedor Hidelberto de Barros Santos, onde o capitão é denunciando por supostamente forjar uma ação policial, segundo documento assinado pelo delegado Fernando Bezerra Lima. A investigação foi autorizada pelo Comandante Geral da Polícia Militar, coronel Cláudio Silva.
Detalhes da denúncia
Na denúncia, Alberto Neto e um grupo de policiais supostamente teriam pedido R$ 5 mil do motorista de aplicativo para que ele não fosse preso, o que caracteriza a extorsão. Isso ocorreu no dia em dezembro do ano passado.
O Inquérito Policial detalha que o motorista foi abordado pelo grupo de policiais quando ainda levava dois passageiros. Uma varredura foi feita no veículo e nada foi encontrado. Os policiais então teriam colocado cada uma das vítimas em carros diferentes.
O motorista do aplicativo ficou em seu carro acompanhado por policiais e rodaram por três horas em alguns bairros de Manaus.
Quando chegaram na Feira da Banana, os policiais pediram R$ 5 mil para que o motorista não fosse preso. Aos policiais, o motorista disse que seu sogro possuía o dinheiro então eles seguiram para ir buscar o valor no bairro São José.
Depois do pagamento, o motorista foi liberado. Sobre os outros dois passageiros, eles informaram que foram questionados se possuíam dinheiro, como falaram que não foram conduzidos a uma delegacia. Lá na delegacia, os policiais militares afirmaram que os dois foram flagranteados com drogas.
Sobre a acusação, o capitão já se posicionou afirmando que é alvo de uma perseguição.
SSP-AM
A Corregedoria Geral do Sistema de Segurança Pública do Amazonas teve conhecimento da notícia por meio da imprensa e em seguida teve acesso ao processo encaminhado à justiça onde algumas incongruências sobre condução da ocorrência foram identificadas. Como, em tese, há indícios de crime militar, foi solicitado junto ao Comando da Polícia Militar a abertura do competente Inquérito Policial Militar (IPM), órgão competente que possui atribuição em lei para instaurar Inquéritos policiais militares. A corregedoria acompanhará o caso. Ao final do IPM, caso seja concluso pela existência de infrações disciplinares, a Corregedoria Geral Adotará as devidas medidas administrativas.
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