Manaus/AM - A operação "Inocentes”, deflagrada nesta terça-feira, 12, pela Polícia Federal, efetuou 19 prisões, cumpriu sete conduções coercitivas e executou sete buscas e apreensões. Entre os presos estão despachantes, militares e empresários.

Um dos implicados no esquema de falsificação conduzido à delagacia da Polícia Federal

A PF não divulgou os nomes dos implicados, mas foi informado pelo delegado Marcelo Maceiras, que esteve à frente da operação “Inocentes”, que foram efetuadas 17 prisões em Manaus, uma em Itacoatiara e outra no Rio de Janeiro.

Conforme o delegado, pelo menos 80 carteiras foram apreendidas e existem cerca de cem inquéritos abertos para investigar a falsificação de documentos que envolve, além das Carteiras de Inscrição e Registro (CIR), documentação de embarcações e certificados de Ensino Médio. Os preços cobrados pelos falsificadores, conforme Maceiras, era de R$ 600 a R$ 1.200.

Maceiras (à esquerda, na foto acima) informou, ainda, que o envolvimento dos oito militares presos acontecia na fase de despacho das embarcações, quando é exigida, com a documentação, a CIR, assim como na fiscalização nos rios, onde o militar da Marinha tem acesso ao protocolo e pode flagrar documentos falsos.

Para o delegado Marcelo Maceiras há um concluio entre despachantes, militares e empresários do setor de navegação para burlar a Capitania dos Portos com as falsificações. A investigação da Polícia Federal durou cerca de sete meses.

Fotos: Pedro Braga Jr