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Acordo de TV com candidatos não é regra eleitoral, é compromisso moral


Por Raimundo de Holanda

22/09/2014 0h00 — em
Bastidores da Política



O acordo firmado entre a TV Amazonas e os partidos políticos para não divulgarem suas entrevistas no horário eleitoral se apoia unicamente no compromisso moral dos candidatos. Não é prevista punição para os que,  eventualmente, violarem a cláusula restritiva, por exemplo, com a exclusão de entrevistas ou debates futuros.  A TV diz que o documento foi homologado no TRE,   mas nele não existe carimbo ou assinatura que comprove que o tribunal avalizou um acordo entre uma empresa de tv, que tem seus interesses, e os candidatos.  A questão é moral. Quem tem palavra, cumpre. Quem não tem viola todas as regras possíveis.

Os partidos, caso queiram que esses acordos sejam mais seguros e respeitados no futuro, devem exigir da emissora a inclusão de uma cláusula de exclusão, impedindo quem violar as regras, integralmente ou em parte, participe de novas entrevistas ou debates.

CANDIDATO PUNIDO

O candidato a deputado estadual, Márcio Braga (PP), da coligação Renovação e Experiência 1, tentou ridicularizar o governador José Melo (Pros), candidato à reeleição, mas se deu mal. A Justiça Eleitoral mandou retirar sua propaganda eleitoral irregular e o proibiu de levá-la ao ar por qualquer meio sob pena de sofrer multa.

RECURSOS NEGADOS

A coligação majoritária Fazendo Mais por Nossa Gente, do governador José Melo, teve, neste domingo, publicada seis decisões sobre demandas contra a coligação Renovação e Experiência (5) e uma contra o PMN. Das seis, o juiz Márcio Rys Meirelles de Miranda julgou cinco improcedentes e a juíza Marília de Paiva e Sales também julgou a última improcedente.

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A decisão da única demanda impetrada pela coligação Renovação e Experiência contra a coligação Fazendo Mais por Nossa Gente foi dada como procedente pEla juíza auxiliar Marília de Paiva e Sales.

SOBRE VIOLÊNCIA

A declaração do governador José Melo, candidato à reeleição, ao lembrar que nos 8 anos da administração do ex-governador Eduardo Braga (PMDB) a violência cresceu 70% e na gestão Omar Aziz (PSD) e José Melo caiu 22%, foi objeto de pedido de direito de resposta feito por Braga, mas o juiz Francisco Carlos de Queiroz  negou o pedido.

MOSTRAR A CARA

Diz o candidato ao Senado Federal Omar Aziz (PSD) que apoiar um governo é uma coisa, outra bem diferente é “ser subordinado, deixando de defender os direitos do seu Estado”, porque tem compromissos políticos que impedem de fazer isso. Omar afirma que esse tipo de subordinação não vai acontecer com ele, caso eleito senador.

APOIO PARTIDÁRIO

A grana para irrigar a campanha do candidato Eduardo Braga (PMDB) tem vindo, na maior parte, do diretório de seu partido que transferiu R$ 4,57 milhões para gastos em campanha. As empresas do PIM contribuíram com R$ 795 mil e as maiores doadoras foram Sat Bras, Sonopress e Kawasaki que contribuíram com R$ 100 mil cada uma.

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.