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Bolsonaro coloca farda em cabide de emprego e escancara jogo de poder


Por Raimundo de Holanda

25/01/2020 20h06 — em
Bastidores da Política


  • Líder da direita nacionalista se alimenta de velhas práticas
  • O perigoso aparelhamento militar do governo

O governo Bolsonaro decidiu escancarar o jogo de poder que pretende impor ao Brasil. Um comando único ideológico, sustentado pelo ‘aparelhamento’ militar dos órgãos do governo. Talvez o próximo decreto do capitão o faça retornar à ativa para comandar com autoridade.

O decreto baixado no dia 23, autorizando a contratação de militares da reserva para todos os órgãos públicos federais, pode transformar em cabide de emprego a máquina estatal.

Com isso, Bolsonaro ressuscita uma ‘velha prática’ das oligarquias políticas tão combatida por ele próprio. O líder da direita nacionalista vem dessa prática ao longo de sua carreira política.

Militares inativos, ou reformados, são aposentados do governo, seus proventos são custeados pelo contribuinte, que a partir de agora terá de pagar mais uma conta ‘salgada’ de salários.

Trata-se de uma medida desnecessária e cruel com os 13 milhões de desempregados, os 11 milhões sem carteira assinada e os 7 milhões de jovens que precisam do primeiro emprego.

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ASSUNTOS: Bolsonaro, cabide de emprego, contratação de militares

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.