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Calados. Mas até quando ?


Por Raimundo de Holanda

23/11/2018 19h03 — em
Bastidores da Política



Há um País paralisado observando um pequeno grupo patrocinar o caos.  Que houve com os movimentos sociais? Quedaram diante de propostas como essa do novo ministro da  Educação, o sociólogo colombiano - sim colombiano, mas naturalizado brasileiro, Ricardo Vélez Rodiguez, que  faz elogios ao golpe de 64,    prega uma escola com “reta educação moral”,  mas ao mesmo tempo diz que será fechada à política, que ele ainda acha que é marxista? 

Em  outras palavras,  projeta   estabelecer o silêncio em sala de aula, amordaçar os estudantes,  regular os professores,  censurar o debate, instituir a delação.  Como sociólogo Vélez  não pode ignorar que saber é discussão de ideias, que passa pela política, pelos partidos,  pela formação  de cidadãos, pela noção de governo e de país.  

O incrível não é o que esse grupo diz que vai fazer e como vai fazer. É esse silêncio. Estranho silêncio que os brasileiros mais cultos se auto-impuseram.  

Ou não estão acreditando que o Brasil caminha para  beira de um abismo ou ainda não se recuperaram do espanto do que têm ouvido de autoridades do novo governo  nos últimos dias. Pode haver um grito  preso nas gargantas. A questão é quando esse grito vai ecoar País  afora….

WILSON FALA EM ENCOLHER

Reduzir sem diminuir. Esta a fórmula anunciada ontem pelo governador eleito Wilson Lima para a reforma administrativa que pretende implantar no início de seu governo. Ao anunciar apenas dois secretários que já estavam mais que anunciados, mostrou insegurança quanto às principais pastas do governo.

ARMADILHAS EM BRASÍLIA

 Wilson não tem somente uma reforma para modelar e um secretariado para anunciar. Em Brasília as ‘armadilhas’ contra a ZFM se multiplicam nos planos da equipe econômica de Bolsonaro.

QUANDO FEVEREIRO CHEGAR

Se a partir de fevereiro todas as engrenagens ‘perversas’ forem acrescentadas ao sistema econômico e tributário do governo, não sobrará espaço para a ZFM coexistir com a nova economia do país.

SEM OLHAR O UMBIGO

Está na hora de Wilson deixar de olhar o próprio umbigo e ampliar seu horizonte para uma base de sustentação em Brasília, onde qualquer mexida brusca poderá causar uma ruptura de ligamento muito dolorida para o Amazonas.

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ASSUNTOS: Bolsonaro-Ricardo-Vélez-Rodiguez-sérgio-moro

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.