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Caso Flávio Rodrigues e o fato que pode levar a nulidade do processo


Por Raimundo de Holanda

10/11/2019 21h56 — em
Bastidores da Política



Um fato relacionado ao controle,  análise e  evidência  física  do local onde supostamente teria sido morto o engenheiro Flávio Rodrigues dos Santos, é a razão de o inquérito sobre o crime ter sido prorrogado. A Polícia trabalha para montar um enorme quebra-cabeça , mas não  pode recuperar a “cena do crime”. E isso fragiliza a base do inquérito - que nem chegou a ser concluído - e levar a nulidade de todo o processo.

Quem deveria ter tido o máximo rigor nos procedimentos - colocando a fita amarela com a advertência de “não ultrapasse”, preceito legal de todas as polícias do mundo - esqueceu as lições da academia.

Os militares que chegaram primeiro ao local falharam em não fazer o isolamento da casa de Alejandro Valeiko

Com isso, criaram  uma situação controversa na “cena do crime”, prejudicando seriamente o trabalho da perícia e da investigação.

Culpar terceiros pela violação da cena do crime é jogar para a opinião pública e para debaixo do tapete falhas de origem.  A admissão  de culpa por qualquer dos acusados pode não ser suficiente para sustentar o processo.

Até aqui a Polícia  trabalha com suspeitas e avança sobre direitos fundamentais de cinco acusados, sem saber até agora qual deles é de fato o criminoso. Suspeita que quem assumiu  o crime não o cometeu, mas não tem elementos probatórios para apresentar com absoluta segurança o culpado ou  os culpados.

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ASSUNTOS: alejandro valeiko, assassinato, caso do engenheiro flávio, elizabth valeiko

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.