Desembargadores do Amazonas sob suspeita de defender interesses privados
O recurso de três desembargadores ao CNJ para suspender a eleição de 27 de março que escolheu o corregedor do Tribunal de Justiça do Amazonas para o biênio 2018/2020 resultou em uma declaração explosiva da presidência da Corte Estadual: a intenção dos desembargadores que propuseram o PCA é ocupar o cargo de corregedor-geral, “prestigiando seus interesses privados em clara violação ao princípio da moralidade administrativa”.
A acusação é contundente para ficar somente no discurso. Precisa de esclarecimento, da indicação clara de tais ‘interesses’.
Que interesses estranhos movem membros do Poder Judiciário, que podem vir a ocupar a Corregedoria e julgar desvios de conduta de magistrados e servidores?
Em que medida João Mauro Bessa, Paulo César Lima e Claudio Roessing, autores da ação, poderiam ferir a ética , a moralidade, a boa-fé e a disciplina que se espera de um corregedor ? O que a presidência do tribunal sabe ou conhece sobre a vida pregressa desses desembargadores que o resto dos mortais não sabe? ?
A justiça, especialmente uma corregedoria de justiça, não pode estar nas mãos de quem, supostamente, defende interesses que não aqueles da própria justiça.
E independentemente do mérito do deferimento favorável ao pedido pela relatora do CNJ, Maria Iracema Martins do Vale, é dever do tribunal abrir o armário e expor seus esqueletos, se é que eles existem. O que não pode ficar é a suspeita de que membros da mais Alta Corte de Justiça Estadual colocam seus interesses privados acima do interesse público.
Veja trecho da decisão do CNJ
A decisão que manda suspender a eleição para corregedor na íntegra
Documento Original do Tjam encaminhado ao CNJ
MARINA E A BR
A pré-candidata a presidente Marina Silva tocou num ponto ‘sensível’ do velho populismo amazonense. Desde que foi inaugurada pela metade, há 42 anos, a BR-319 é ‘bandeira’ eleitoral no Amazonas. “Tem muita gente que já se reelegeu por causa dessa estrada.”
CANDIDATOS DA PM
Os deputados Cabo Maciel e Platiny Soares ficaram ‘de orelha em pé’ com a escolha dos oficiais da PM para a disputa eleitoral. Principalmente em referência ao coronel Amadeu Soares, que pode se eleger deputado com os votos das ‘ovelhas’ de Silas Câmara.
DEPUTADOS GASTADORES
O deputado-presidente da Assembleia Legislativa David Almeida (PSB) está entre os cinco parlamentares que mais gastaram recursos da Ceap (Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar) nos meses de janeiro e fevereiro deste ano. Segundo o Portal da Transparência, os que mais gastaram foram: Sabá Reis (R$ 52,330 mil), Cabo Maciel (R$ 51,290 mil), David (R$ 51,283 mil), Sinésio Campos (R$ 50,907 mil) e Augusto Ferraz (R$ 50,865 mil).
ULTIMATO A PREFEITOS
Encerra amanhã o prazo de três dias concedido pelo juiz Luis Claudio Cabral Chaves para que o prefeito de Tefé, Normando Bessa (PMN), comece a tapar os buracos de ruas e avenidas da cidade de Tefé. Do contrário, o magistrado aplicará multa de R$ 50 mil à Prefeitura e de R$ 10 mil/dia a Normando.
PR PODE COLIGAR
Antes contrário ao jogo das coligações com outras legendas, a cúpula do PR agora admite a necessidade de se aliar a outros partidos para a disputa eleitoral no Amazonas. O deputado federal Alfredo Nascimento diz que as coligações agora são bem-vindas em função das demandas dos pré-candidatos do partido.
PORTO MODERNO
Conforme o prefeito Adail Filho, o porto da cidade de Coari poderá receber navios de grande porte depois da obras de modernização do seu atual complexo portuário com recursos da ordem de R$ 25 milhões disponibilizados pelo Governo Federal.
ARTHUR, O PROFETA
O prefeito Arthur Virgílio, ‘profetizou’ a queda de Geraldo Alckmin, que hoje patina nas pesquisas eleitorais e está à mercê de uma pernada de João Dória, apelou ontem ao bom senso do PSDB. Lançar o senador Tasso Jereissati para pelo menos ‘perder com dignidade’.
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.