As duas guerras que Wilson Lima terá que vencer
Os amazonenses resolveram trocar o comando do Estado. E o fizeram no exercício do voto. Que se respeite essa decisão.Mas que os mesmos eleitores que optaram por Wilson Lima, encantados por esse sentimento de mudança, também sejam vigilantes e cobrem um governo de austeridade, de disciplina fiscal, de compromisso com o social. Afinal, o governador quando senta naquela cadeira, não está de frente a um telepronter, nem de câmeras de TV. Está olhando uma maquina complexa, que precisa andar.
Espera-se do governador que toma posse em primeiro de janeiro a formatação de um governo efetivamente de renovação, com capacidade de sustentar o atual modelo econômico do Estado e promover as inovações necessárias.
Wilson terá pela frente duas ‘guerras’ . Uma com seus aliados de momento, que vão cobrar a fatura pelo “esforço” monumental que fizeram para elegê-lo. Outra, com os estados do Sudeste e Sul, os maiores inimigos da Zona Franca de Manaus, que vão orbitar em torno do novo presidente, exigindo a conta pelos votos a ele conferidos. Se vencer a primeira batalha, que é a mais difícil e que pode sangrar o Estado,Wilson estará habilitado a, senão vencer a segunda guerra, mostrar para o Brasil o quanto estamos isolados e o tamanho da dependência do Amazonas do modelo Zona Franca de Manaus
ASSUNTOS: Amazonino, Eleições 2018, wilson lima
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.