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Facções criminosas com poder de influenciar eleição para prefeito de Manaus


Por Raimundo de Holanda

16/09/2019 20h13 — em
Bastidores da Política



Manaus vai entrar 2020 com cerca de 1,5 milhão de eleitores, um terço deles   concentrados em aéreas de invasão,  onde predomina o poder das facções criminosas. As invasões constituem hoje um tipo de curral eleitoral muito parecido com o que era mantido, ao longo dos anos 80 por políticos influentes e com forte aporte de dinheiro público. Hoje predomina o tráfico e a lei do silêncio, uma política de coação que, se não obedecida, resulta em expulsão de famílias de suas casas.

Estima-se que pelo menos 500 mil eleitores vivam nessas áreas. A capacidade de influir no processo eleitoral é grande.  Manaus, segundo levantamento feito há seis anos pela Secretaria de Segurança Pública do Amazonas , além das invasões, tinha espalhados por toda a cidade cerca de 2,5 mil postos de vendas de drogas, as chamadas “bocas”.

A questão é séria porque uma eleição legitima a representatividade dessas organizações e torna o Estado menor, a cidade refém do crime organizado e o cidadão que vive nessas áreas incapaz de escolher, de forma livre, o seu candidato.

INCENTIVOS FISCAIS

A Comissão Especial da reforma tributária na Câmara dos Deputados virá a Manaus no dia 11 de outubro para uma audiência sobre a as vantagens fiscais da ZFM. A bancada federal vai querer ‘arrancar’ uma promessa dos presidentes do Senado e da Câmara de apoiar o modelo.

Não é o que se espera dos 11 parlamentares do Amazonas em Brasília. Promessas não têm garantia de cumprimento no Brasil. O mínimo que esperamos são emendas consistentes para assegurar as nossas vantagens.

sim, o deputado Rodrigo Maia e o senador Davi Alcolumbre anunciados para participar da audiência em Manaus, teria como assumir seu apoio à Zona Franca subscrevendo as emendas.

 

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ASSUNTOS: Amazonas, comando vermelho, cv, eleição 2020, fdn, invasão de terras, Manaus

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.