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Falta remédio para a cegueira de Wilson Lima


Por Raimundo de Holanda

10/01/2019 19h09 — em
Bastidores da Política



A equipe de transição de Wilson Lima teve 60 dias para verificar as condições em que receberia o governo no dia 1º de janeiro. No comando estava seu vice Carlos Almeida, hoje secretário de Saúde. Mas ambos se ‘espantaram’ ontem com a falta de remédio na Cema.

Fizeram de conta que não sabiam que faltava remédios, que havia frascos vencidos e a vencer, e por isso não tomaram as providências na hora da transição para sanar o problema. Na prática, estavam cegos ou colocaram vendas nos olhos. Não há remédio para esse tipo de cegueira. 

Agora correm atrás de mídia - como se estivessem em programa sensacionalístico de tv - para denunciar o que poderiam prever, e não tiveram interesse em prover, quando houve oportunidade e boa vontade do governo que findava.

Uma boa vontade que Wilson não demonstrou ao revogar dois dias após a posse 136 processos licitatórios, entre os quais vários para compra de medicamentos hospitalares (Decreto 40.147/2019).

E ainda anuncia compra sem licitação 360% mais cara, quando existe solução bem mais barata, como a compra a preço registrado em Ata, por processo indenizatório (art. 59 da Lei 8.666).

Wilson, que pouco ou nada entende de administração pública, demonstra também que está anacrônico em relação ao potencial de informações das mídias eletrônicas, inclusive sobre compras públicas. Já está na mira do Ministério Público e pode ver seu mandato ficar mais curto do que o previsto.

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.