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A farsa desmontada


Por Raimundo de Holanda

25/10/2014 0h57 — em
Bastidores da Política



A presidente Dilma desmontou ontem a farsa montada pela revista Veja para prejudicar a sua candidatura e a do governador José Melo. A presidente conseguiu identificar forças ocultas por trás de matérias que a ligavam a corrupção na Petrobrás e o governador José Melo ao crime organizado. Dilma utilizou uma expressão curiosa, que se aplica também a alguns aliados seus no Estado do Amazonas: “a Veja tem parceiros ocultos que praticam atos terroristas”, e acrescentou que a revista aceitou declarações de pessoas ligadas ao submundo do crime. Esse atentado da “máquina da noticia”, outra empresa oculta que transita no centro do poder e que chegou silenciosamente ao Amazonas, espalhou seus tentáculos em veículos como Veja e Folha de São Paulo, que tinham uma história de credibilidade agora jogada na lixeira.

MARKETING SUJO

O prefeito Arthur Neto deu a definição para o formato “sujeira” adotado pelo marketing político da coligação Experiência e Renovação, na campanha eleitoral deste ano. "Nunca vi uma eleição tão suja, tão porca como essa. A única coisa que recomendei ao Melo é que não chafurde nisso. Passe por cima".  E olha que o tucano já enfrentou "pauleiras" como as campanhas contra o ex-governador Amazonino Mendes (1986) e o próprio grupo do senador Eduardo Braga em 2010, quando perdeu a vaga de senador e em 2010.

POSTURA DE MELO

O governador José Melo adotou uma postura emocional e propositiva em seu último programa eleitoral levado ao ar ontem. Sob o mote "Alguém como a gente", o marketing eleitoral mostrou um candidato identificado com  o Amazonas. Melo mostrou o melhor da sua campanha nas caminhadas, nos comícios e no seu discurso em defesa da simplicidade na forma de governar e de ampliar as conquistas já feitas, além de criar novas alternativas que beneficiem diretamente o povo.

O DISCURSO DO "FIZ TUDO" E "FAREI TUDO" 

Do outro lado, nem no último programa eleitoral, levado ao ar ontem, a coligação do senador Eduardo Braga adotou uma postura propositiva. O programa voltou a desperdiçar minutos preciosos com criticas ao adversário, e depois o candidato começou a “sonhar” com um Amazonas que ele teve oportunidade de construir nos seus 7 anos e meio de governo, mas não o fez. Desembainhou o discurso do "fiz tudo" e "farei tudo", típico dos velhos caciques do passado que endeusavam seus próprios méritos (se os tiveram). Perdeu a oportunidade de ser atual, da mesma forma que perdeu o seu momento histórico no passado recente.

CALÚNIA VIRA ATENTADO SEXUAL

O professor da Ufam, José Ribamar Mitoso, está denunciado que processos contra jornalistas do Amazonas que tentam lhes imputar calúnia tinham sido distribuídos para a Vara Crimes Contra o Idoso, a Criança e o Adolescente, quando o "poderoso" é maior de 60 anos.

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Agora, com a criação da Vara Especializada em Crimes Contra a Dignidade Sexual de Crianças e Adolescentes e extinção da citada anteriormente, os jornalistas estão enquadrados, no site do TJAM, informa Mitoso, como alguém que atentou contra a dignidade sexual de menor. Um erro que está prejudicando profissionais da imprensa.

TSE SEGUROU A BARRA

Diz o pastor Malafaia que a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula, via PT e suas coligações, tentaram, junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) evitar a publicação da matéria na revista Veja que os implica com o propinoduto da Petrobras. Como se vê, o TSE negou.

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.