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Governo do Amazonas aluga do grupo Coencil prédio por R$ 2,2 milhões


Por Raimundo de Holanda

12/05/2019 20h57 — em
Bastidores da Política



A arrecadação de impostos do governo do Amazonas continua em ritmo de crescimento. Portanto, não há crise. O problema está nos compromissos com folha de pessoal e nos limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Mesmo assim cabe evitar os desperdícios, como aluguel de prédios quando há muitos de propriedade do governo fechados ou precisando de pequenos reparos. Não se justifica, portanto, o contrato celebrado entre a Amazonastur e o grupo  Coencil, no valor de R$ 2,2 milhões. O imóvel, agora alugado pelo governo,  está localizado ao lado do Amazonas Shopping, em área de intenso trânsito e onde a Amazonastur pretende instalar uma nova Central de Artesanato. 

O problema do governo do Amazonas é de gestão. Passados quase 150 dias ainda não conseguiu definir prioridades. Precisa  de um diagnóstico do funcionamento da máquina, o seu patrimônio móvel e imóvel  e o que pode ser aproveitado para reduzir gastos.

Aqui e ali o  governo passa a impressão de que tem carência de capital politico e intelectual. E que poucos auxiliares entendem claramente como funciona a máquina pública.

Persiste a confusão entre expertise e esperteza. A proposta do novo governo era exatamente acabar com certos vícios e imprimir uma gestão marcada pela eficiência e pela transparência. O que não se viu até agora.

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.