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Sérgio Moro é vitima do encantamento da promessa de ser ministro do STF


Por Raimundo de Holanda

01/11/2018 20h40 — em
Bastidores da Política



O juiz Sérgio Moro vai deixar a magistratura em troca de uma promessa. Ser superministro e ninguém interferir em sua gestão. A decisão é arriscada. Primeiro porque nunca administrou nada e agora  terá a seu dispor uma máquina complexa,  cheia de armadilhas. 

Segundo, porque o  juiz da Lavajato pode terminar a vida pública precocemente,  demitido  ou acusado de improbidade. Esse é sempre o risco que corre qualquer administrador público. E é isso que Moro passará a ser, assumindo a responsabilidade pelo que assinará  ou assinarão seus subordinados na super pasta da Justiça.

 Terceiro, não se sabe o que está por trás desse convite ao juiz, nem se são assim tão boas as intenções do presidente eleito.  O que Moro tem de Bolsonaro até agora é a frase: “dou-te a minha palavra”. Mas isso não deveria bastar para levar o homem que combateu a corrupção no Brasil e que é considerado inteligente, a abdicar de uma carreira jurídica  cheia de possibilidades.  

Moro já é vitima de um sonho - chegar ao Supremo Tribunal Federal - outra promessa de Bolsonaro.  

Como duas vagas - as dos ministros Celso de Mello e Marco Aurélio Mello - só surgirão nos próximos dois anos,  é difícil dizer se  o destino reserva uma delas a Moro. Ou se antes disso ele afundará no lodaçal de Brasília.

A aposta é que conseguirá sobreviver. Mas a duras penas, e sem a compreensão, os apelos e a solidariedade de hoje do presidente eleito.

 A CHEGADA DOS NOVATOS

O deputado Josué Neto fez questão de saudar da tribuna os 12 novos deputados eleitos, que foram convidados a visitar a Assembleia Legislativa , com direito a almoço na sala da presidência.

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A novata Joana D´Arc, teve a sua liderança enfatizada e o mimo de saber que a Comissão de Meio Ambiente terá também a função de Proteção aos Animais para alavancar seu trabalho de protetora dos pets.

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ASSUNTOS: Jair Bolsonaro, sergio moro

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.