A disputa para a presidência da Assembleia Legislativa do Amazonas  se cristalizou em três candidaturas com perfis e linhagens políticas que vão da modernidade ao retrô, passando por perfil técnico, mas burocrático. Com metade de seu colegiado renovado, uma tendência de modernidade já se manifesta nessa disputa.

Josué Neto possui a vitalidade e o liberalismo da juventude madura, capaz de introduzir práticas inovadoras como a abertura real do poder à sociedade e interiorização da  atividade parlamentar.

Em busca do terceiro mandato na gestão da casa, tem o compromisso de retomar os avanços que no segundo foram ‘brecados’ pelos cortes orçamentários causados pela crise econômica.

Serafim Corrêa tem um perfil administrativo qualificado, porém mais burocrático, afeito às questões organizacionais, atuando numa linha política republicana ‘pura’ mas sem ousadia.

Belarmino Lins é adepto da velha política do ‘apadrinhamento’ e de ações de efeito populista, onde o útil é o agradável, e o bom é o que salta aos olhos

Nesses três perfis os 24 deputados terão de encontrar o comandante que precisa trazer de volta o protagonismo e a intensidade do poder que detém a representatividade do povo.

Um poder que deve atuar em harmonia com os demais, sem, no entanto, se deixar levar por velhas práticas de subserviência, e olhando sempre como bem maior a sociedade.

ESPERADA CHAPA ÚNICA

Mesmo considerando que os três ainda estão na disputa, a tendência é que ao final apenas uma chapa permaneça em razão de manifestações públicas de parlamentares. O que torna Josué Neto  muito provavelmente presidente do Poder Legislativo a partir do próximo mês.