Ainda não chegamos ao pico da pandemia e o número de mortes no Estado do Amazonas já é assustador. Há pânico, sofrimento, agressões contra profissionais de saúde e milícias digitais envenenando a população. Tão nocivo  quanto o coronavírus é essa tentativa de desestabilizar os governos, atingir os médicos,  provocar balbúrdia, incentivar a violência.

Como se não bastasse  o “negócio” em que foi transformada a pandemia - uns morrem, outros sofrem, outros ganham dinheiro -   agora os caçadores de bruxas querem um responsável pela propagação da doença no Estado e pelas mortes, empurrando a sociedade para a desordem social. Já há  registros de tentativa de depredação de unidades de saúde. 

O problema  da falta de leitos e de pessoal existe e disso também os governos não podem fugir. Mas ninguém sai do caos sem união. É evidente que falta quase tudo  e está claro que ninguém estava preparado para este  momento.  Mas sem união não se  vai a lugar nenhum.  Apenas se empurra para o abismo o  esforço que está sendo feito por médicos e governos.

Se toda força negativa que está inundando o WhatsApp  e as redes sociais fosse usada para alertar a população de que ficar nas ruas é mortal, talvez houvesse menos casos suspeitos ou confirmados, menos internações,  menos óbitos.

Como disse neste sábado a diretora da Fundação de Vigilância Sanitária, quem estiver na rua sem máscara inevitavelmente vai pegar o coronavírus. Mas o exército plantado para disseminar o caos, usando as redes sociais, quer saber de outra coisa: quer incentivar a violência e  estimular a desordem.

É preciso ter cuidado para não sairmos de uma pandemia para outra, de uma doença para outra. Vai doer mais quem perder sua liberdade. Vai matar mais se essa pandemia servir como pano de fundo para a supressão de direitos fundamentais.

Os que  estão  estimulando tudo isso  são  facilmente identificáveis. Mas por que as autoridades não  estão agindo contra esses  agentes do mal?