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Quando o inimigo é o presidente


Por Raimundo de Holanda

17/05/2020 20h33 — em
Bastidores da Política



Todo mundo tem um inimigo, declarado ou não. As vezes ele dorme com você. Um dia se revela de forma conturbada e trágica.  Não há quem não tenha passado por essa experiência.  Como indivíduos superamos isso, olhamos para  frente e esquecemos. Ou tentamos…

São dramas pessoais, individuais, por isso a vida segue com sal e açúcar, como deve ser.

Mas se o inimigo surge e ataca o coletivo, aí é um problema de Estado, de País, da relação de governo e sociedade.

É o que vemos hoje - dois inimigos dos brasileiros brigando pelo mesmo espaço e se auto-alimentando da mesma tragédia que eles provocam. Um é invisível, mas depende do outro para se propagar. O outro é o presidente do País, quebrando normas que impediriam que a Covid 19  fizesse das cidades  um lugar para morrer.

Diferentemente do vírus que mata ricos e pobres e se apresenta como um desafio para a ciência desse tempo, Bolsonaro conscientemente abre as portas para o coronavírus  se propagar.

O vírus não pensa, nem poderia ser responsabilizado por seus efeitos. Bolsonaro pensa, faz política, brinca com as instituições, faz pouco caso da vida das pessoas. É mais nocivo que o vírus, porque de certa  forma o alimenta.

 

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ASSUNTOS: Bolsonaro, COVID-19, Flávio Bolsonaro, hidroxicloroquina, STF, Coronavírus

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.