Rebecca na Suframa
Está confirmado: Rebecca Garcia assumirá o comando da Suframa ainda esta semana. Empresária e graduada em economia pela Universidade de Boston, Rebecca já foi deputada federal e na última eleição participou como vice na chapa do senador Eduardo Braga. Seu nome deveria ter sido anunciado na última reunião do CAS, semana passada, mas o senador Omar Aziz forçou o Palácio do Planalto a adiar o anúncio. No final de semana, o vice-presidente Michel Temer trocou telefonemas com o grupo do senador e as resistências, se não foram superadas totalmente, diminuíram.. O decreto de nomeação de Rebecca está pronto e assinado. Só falta a publicação no Diário Oficial da União.
Braga em Houston
E o ministro Eduardo Braga está em Houston, EUA, caçando investidores para as empresas de petróleo e fornecedoras de bens e serviços. “E essas oportunidades estão em várias áreas, não apenas no polígono do pré-sal. Estamos lutando por uma nova fase da indústria brasileira do petróleo.”, disse o ministro em sua página no Facebook.
Artur corre atrás do prejuízo
Correndo atrás do prejuízo causado pelas chuvas torrenciais dos primeiros meses do ano, o prefeito Arthur Neto determinou que o mutirão de recuperação da infraestrutura dos bairros da cidade não pare nem nos fins de semana. No mês de abril a Seminf alcançou a marca de 14 bairros em quatro zonas de Manaus. O trabalho prosseguirá neste mês de maio e em junho, iniciando pelo Campos Salles, zona Norte, que entrou para a programação no último sábado.
Taxa de juros em alta
Bom, o Brasil começou o mês de maio com a taxa de juros mais alta do mundo. Do alto dos 13,25% ao ano, o país volta a ser um paraíso para os bancos e as seguradoras, mas fica ruim para o setor imobiliário e o de consumo. Nada a ver com as mudanças no governo da presidente (?) Dilma, onde a delação é premiada, assim como a má gestão. Depois de a Vale anunciar seus resultados, com prejuízo de R$ 9,5 bilhões, o CEO da mineradora, Murilo Ferreira, foi premiado com a presidência do Conselho de Administração da Petrobras. Na economia petista é melhor manter os resultados. Bons ou ruins.
TCE entre os índios
A Ouvidoria Ambiental do TCE irá ao Baixo Amazonas neste mês de maio, depois de ter percorrido 26 municípios e instalado urnas em comunidades indígenas de 13 deles no mês de abril. As urnas são um canal de comunicação entre a sociedade e o TCE-AM. As comunidades Mundurukus e os Saterés serão as próximas e ganharem urnas para receber reclamações e reivindicações em defesa do meio ambiente. O número de denúncias é alto, e se concentram na pesca predatória, queimadas florestais, madeira ilegal e biopirataria.
Mais miseráveis
A presidente Dilma transformou o Brasil no que era “antes” do governo do PT, segundo a própria retórica petista. Um país de miseráveis. Em maio do ano passado o IBGE divulgava que mais de 115 milhões de brasileiros, quase 60% da população, ou 32,2 milhões de um total de 54 milhões dos domicílios ocupados, viviam com menos de um salário mínimo de renda mensal per capita. E nesta semana, a equipe econômica da presidente tentará “apertar” ainda mais o cinto desses brasileiros, praticamente acabando com o seguro desemprego. O que ainda é um direito imediato do trabalhador demitido deve ganhar uma “carência” de um ano. Ou seja, quem já vive miseravelmente ganhando um salário, pode ficar até um ano vivendo sem nada.
Os aloprados
Com bom humor o escritor norte-americano Adam Gopnik descreve: “conservador é o liberal que foi assaltado; liberal é o conservador que foi acusado formalmente de um crime; reformador convicto é o conservador que está encarcerado”. No Brasil atual a única rotulagem política que existe é a de corrupto. Com duas variantes: o não assumido e o delator. Os primeiros são os “aloprados”, não basta ser flagrado, preso e condenado; eles não reconhecem o crime, não devolvem o dinheiro roubado, juram inocência até a morte e escapam da prisão fazendo “vaquinha” com os amigos. Já os segundos são os “pau-podres”, tanto caem quanto derrubam os outros; delatam os comparsas, devolvem parte do roubo e são premiados com a liberdade.
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.