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Servidores encaram governo do AM e resolvem parar o Estado


Por Raimundo de Holanda

21/07/2019 0h45 — em
Bastidores da Política



A queda de braço entre o governo do Amazonas e servidores que tiveram os salários congelados começou com o anúncio neste sábado de paralisação geral marcada para a próxima quinta-feira,  e que deve durar apenas 24 horas.

A medida é uma sinalização de que  os servidores estão dispostos a radicalizar, caminhando para uma greve geral - que se parar o Estado por semanas, afetará em cheio o cidadão que precisa de socorro médico e dos filhos na escola.

O que impressiona é a falta de reação do governo ou da  percepção de que a crise alardeada tenderá a aumentar à medida   que a máquina, cujo combustível são os servidores - parar de funcionar.

MAU NEGÓCIO

Está sendo visto com preocupação por empresários e economistas a decisão da Assembleia Legislativa de autorizar o governo do Amazonas a ceder créditos decorrentes de royalties e participações especiais relacionados à exploração do petróleo e gás natural.

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Esse é um dinheiro que entrará ainda este ano nos cofres do Estado, com forte ágio, o que significa que bancos e empresas que entrarem no negócio vão lucrar muito, enquanto o Estado  verá seu caixa encher de moedas mas esvaziar rapidamente.

E DEPOIS?

A pergunta que fica é: e o depois, quando o caixa esvaziar, de onde virá o dinheiro ja que os royalties estarão em mãos de bancos e empresários com forte influência no governo ?

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ASSUNTOS: Amazonas, greve geral, Manaus, protesto, wilson lima

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.