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Sobre soberba, deuses e perdão


Por Raimundo de Holanda

24/12/2018 8h10 — em
Bastidores da Política



É Natal. Dia em que caem as vendas de nossos olhos e percebemos os que passam ao nosso lado. E olhos que nunca se encontravam agora se observam. Dia em que nossas mãos se estendem em busca de mãos que juramos nunca apertar.  Dia em que concordamos que somos iguais. E que a paz pode existir.

Mas é um dia que passa... E nossa solidariedade volta a dormir 358 dias, até o próximo Natal.

E voltamos a colocar nossas máscaras, a endurecer nossos corações, a recolher nossas mãos, desviar nosso olhar para não ver o outro, a despertar nossa soberba, a nos julgar deuses, a fazer justiça com as próprias mãos, ou  sentenciar em nome de leis que só valem para os que não amamos.

O dia do perdão é apenas um e ele não nos redime dos pecados passados. Nem dos futuros.

Portanto, aproveite este dia para perdoar,  porque amanhã o seu coração vai se fechar. E demorar a abrir. Até o próximo Natal…

 

Do Holanda, especial para você que nos dá o prazer de sua leitura. Bom Natal.

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.