A crise no transporte em Manaus  começa a afetar a ‘temperatura’ no ninho tucano. Um dos mais fiéis aliados do prefeito Arthur Neto ensaia rebeldia na Câmara. O vereador Plínio Valério diz que está ‘preparando’ uma representação popular junto ao MP contra as empresas de ônibus.

Plínio quer o cumprimento do artigo 258, da Lomam, que prevê a punição e até perda da concessão para as empresas que não atendem a melhoria no sistema. Indiretamente, reconhece que o prefeito não está dando conta do ‘recado’.

OMAR X BRAGA EM 2018

A falta de novas lideranças no Amazonas  pode levar a um vazio de candidaturas nas eleições majoritárias de 2018, caso as coisas esquentem em Brasília com a lista do procurador geral da República, Rodrigo Janot, que irá abrir novos processos na Lava Jato nas próximas semanas.

Até agora, os dois pré-candidatos mais fortes na corrida ao governo, que foram apenas citados nas delações da Andrade Gutierrez, estão à cavalheiro para entrar no ‘jogo do poder’. Os senadores Eduardo Braga e Omar Aziz são, de longe, os candidatos com   musculatura. Se sairem de cena, não há atores para substitui-los.

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Os ‘jovens valores’ esbarram na falta de maturidade para encarar o desafio de desbancar candidatos experientes. Os fracassos de 2012 e 2016 mostraram isso na disputa da prefeitura de Manaus. Sobraria Arthur Virgilio, mas este perde capital politico, desgastado pela má gestão desse inicio de governo. 

Uma  disputa estadual requer, além de maturidade, liderança para conquistar o ‘suporte’ das bases interioranas, fundamentais para garantir uma eleição ao governo ou uma vaga no Senado. Por enquanto, o governador José Melo está ‘solto’ nessa construção.

MELO  QUER BATER MARCA DE AMAZONINO
 
Por falar em José Melo, ele  pretende ‘bater’ neste ano de 2017 uma marca que só o ex-governador Amazonino Mendes alcançou, em seu terceiro mandato (1999/2002): abrir 20 mil vagas de empregos diretos nas obras do governo. Na época, Amazonino tinha mais de 600 frentes de obras em Manaus e no interior.

PAI POLÍTICO

Melo, que reconhece no Negão seu ‘pai político’, garante que só com dois pacotes de obras baterá a marca. As áreas de Educação e Infraestrutura vão movimentar junto R$ 2,6 bilhões e gerar 20 mil postos de trabalho diretos.
Com um diferencial. Enquanto na indústria cada vaga chega a custar até mais de R$ 1 milhão em investimentos, nas obras do governo essa relação fica em torno de R$ 130 mil.