MP responsabiliza gestão Wilson Lima por crise na saúde
A reunião entre a cúpula do Ministério Público, promotores de justiça e o governador Wilson Lima, nesta quinta-feira, foi marcada por impasses. O primeiro deles foi quando os promotores souberam que seriam recebidos apenas pelo secretário Carlos Almeida, que é vice governador e responde pela pasta da saúde.
A reação foi negativa. E um recado foi enviado via assessores para o governador Wilson Lima, não exatamente nestes termos, mas com esse indicativo: “ estamos indo embora, caso o senhor não compareça”.
A contragosto Wilson se dirigiu à sala de reuniões e a conversa, em tom pouco ameno, começou. As promotoras Silvana Nobre a Cláudia Câmara disseram que na gestão anterior e em todas as outras, a comunicação com o governo era rápida, via direta, email ou WhatsApp, o que não estava acontecendo agora. E que o grande problema da saúde é a falta de competência na gestão.
Carlos Almeida contestou as promotoras, dizendo que a crise na saúde não lhe pertencia, nem ao governo Wilson Lima. Acabou ouvindo o que não queria. As promotoras responderam que o governo é um só, único, e que a responsabilidade passou a ser der Wilson e dele sim, a partir de primeiro de janeiro.
No release encaminhado às redações a versão oficial foi outra, de cordialidade entre as partes e lero-lera-lero. Não foi assim. Clima carregado e muitas advertências dos promotores que exigiram do governo um mínimo de transparência em uma atividade onde vidas estão em jogo.
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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.