Sonda da Nasa fotografa dunas azuis em cratera na superfície de Marte
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PASADENA, Califórnia — As dunas são comuns na árida superfície marciana, mas uma em especial está chamando a atenção de pesquisadores da Nasa. Localizada na Cratera Lyot, esta duna em particular tem coloração azul turquesa, que destoa do restante da paisagem cinza amarelada. Ainda não existe uma explicação para esta formação, mas os cientistas sugerem que ela tenha materiais mais finos e/ou uma composição diferente.
A imagem foi captada pela câmera High Resolution Imaging Science Experiment (HiRISE), a bordo da sonda Mars Reconnaissance Orbiter, no dia 24 de janeiro deste ano, mas divulgada no site da agência apenas nesta semana.

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A Cratera Lyot, batizada em homenagem ao astrônomo francês Bernard Lyot, é uma importante formação geológica marciana, por ser o ponto mais profundo do Hemisfério Norte do planeta vermelho. Localizada na planície a Vatitas Borealis, a cratera tem cerca de 154 quilômetros de diâmetro e possui uma montanha em seu centro.
Ela foi formada por um choque com um grande meteoro, há cerca de 3,5 bilhões de anos. O seu ponto mais profundo está a 4,4 mil metros abaixo do nível médio da superfície do planeta. Ao longo dos anos, os ventos marcianos preencheram a superfície da cratera com dunas, incluindo a misteriosa estrutura azul turquesa.
As más condições climáticas em Marte, aliás, estão atrapalhando o funcionamento do robô Opportunity, que precisou ser desativado por falta de energia solar. Nas últimas duas semanas, o planeta vermelho está sendo varrido por uma forte tempestade de areia que já é considerada global. Mas do outro lado do planeta, o robô Curiosity continua operando, pois é alimentado por baterias nucleares.
O Curiosity está coletando informações preciosas e capturando imagens da tempestade de areia, assim como as sondas na órbita do planeta. Dessa forma, os cientistas pretendem responder à pergunta: por que algumas tempestade duram meses e se tornam globais, enquanto outras são menores e duram apenas algumas semanas?
— Nós não fazemos a menor ideia — disse Scott Guzewich, cientista do Centro de Voos Espaciais Goddard, em Maryland.
