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Retorno da recordista Serena após dois anos, atração em Miami

Por Agência O Globo

18/03/2018 18h03 — em
Esportes



A partir de quarta-feira há alguns bons motivos para a quadra central do Miami Open lotar. Um deles atende pelo nome de Serena Williams. De volta ao torneio após dois anos (em 2017, se retirou das quadras em janeiro, para dar à luz, em setembro, Alexis Olimpia, sua primeira filha), a americana, dona de oito títulos, um recorde no Crandon Park, é a principal atração da chave feminina. O qualifying (torneio classificatório) começa hoje.

Enquanto isso, na disputa masculina, o principal astro é Roger Federer, número 1 do mundo e dono de três troféus.

— Na minha opinião, eles são os dois maiores de todos os tempos. Somos muito privilegiados por termos ambos jogando aqui. Como um fã, estou muito animado para vê-los jogando — conta o ex-tenista americano James Blake, que estreia neste ano como diretor do torneio, em entrevista exclusiva, por e-mail.

Mesmo após tanto tempo de inatividade, Serena voltou às quadras semana passada, em Indian Wells, ganhou dois jogos e só foi superada pela irmã, Venus, na sequência.

Em Miami, a coleção de conquistas da ex-líder do ranking começou há 16 anos, curiosamente quando o agora diretor debutou no torneio. Depois, venceu também em 2003, 2004, 2007, 2008, 2013, 2014 e 2015. Federer, por sua vez, foi campeão em 2005, 2006 e no ano passado.

Blake enfrentou o suíço 11 vezes (uma delas, em Miami, em 2006) e venceu apenas um jogo (nas Olimpíadas de Pequim, em 2008). E o ex-número 4 do mundo é só elogios ao recordista de títulos de Grand Slam (20), que voltou ao topo do ranking aos 36 anos, em fevereiro:

— Nada mais sobre ele me surpreende. Depois de todo este tempo, ainda está no auge e evoluindo. Sua força mental está mais forte do que nunca. O que ele tem feito tanto mental quanto fisicamente é incrível.

Em Miami, o ex-profissional , hoje com 38 anos, venceu 17 das 29 partidas que disputou. E dois triunfos são os favoritos de Blake:

— Um deles foi o primeiro jogo contra o Fabrice Santoro (francês, em 2002). Ele tinha um estilo único de jogar. Outra partida foi contra Thomaz Bellucci (em 2011). A torcida estava meio a meio e parecia um confronto de Copa Davis. Sempre há muita intensidade e animação entre os torcedores brasileiros.

Além da presença de Federer e do retorno de Serena, esta edição do Miami Open vai marcar a despedida do torneio da ilha de Key Biscayne após 32 anos. A partir de 2019, o torneio, considerado por muitos o quinto Grand Slam, vai se transferir para o Hard Rock Stadium, casa do Miami Dolphins, do futebol americano. Dono da equipe, o empresário Stephen Ross investiu mais de US$ 500 milhões (R$ 1,625 bilhão) nos últimos anos. O principal atrativo do novo espaço é a quadra central, com capacidade para 14 mil torcedores (atualmente, são 10 mil).

30 QUADRAS EM 2019

— É uma chance de, realmente, melhorar. Haverá significativamente mais quadras (30, entre as de treinos e de jogos) e instalações. Também é uma chance de fazer algo que os jogadores e os fãs querem — destaca o diretor, que se aposentou em 2013.

Se, dentro das quadras, o ex-top 4 aponta o título da Davis em 2007 como seu ponto alto, fora delas o Fundo de Pesquisa Memorial Thomas Blake (em homenagem ao seu pai) é algo do qual o americano tem enorme orgulho. Em 2013, a entidade arrecadou US$ 1 milhão na luta contra o câncer.

— É algo que está muito perto do meu coração. Quando meu pai faleceu (de câncer, em 2004), queria fazer algo para honrá-lo e tentar evitar que outras famílias passassem pelo mesmo. Começou com um evento e não pude parar mais.


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