Manaus/AM - Dois funcionários do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), foram presos nessa segunda-feira (10) suspeitos de cobrar R$ 5 mil propina de para não multar uma empresa de concreto localizada na Comunidade Parque Riachuelo, no bairro Tarumã, Zona Oeste.

Um deles era servidor do Ipaam há mais de 20 anos e outro há cerca de cinco meses. De acordo com a polícia, a dupla Franklin Ramos da Silva, 39, analista fiscal  e o assistente Uziel Sevalho da Silva, 58, teriam ido ao estabelecimento há aproximadamente 10 dias para uma fiscalização de rotina em carros particulares.

Durante o procedimento, eles teriam apontado irregularidades na compra de areia e mesmo uma funcionária  comprovando toda a documentação do material, eles  ameaçaram multar a empresa em R$ 60 mil.

Eles então, apresentaram uma proposta na qual cobravam um valor de R$ 5 mil e em troca liberariam a empresa de qualquer fiscalização.  A proprietária procurou o 20º DIP e denunciou o caso a polícia que passou a acompanhar toda a  negociação com os servidores.

Nesta segunda, quando voltaram a loja para supostamente receberem a propina, um policial disfarçado estava na sala da empresária e acabou presenciando a negociata. Franklin  e Uziel acabaram presos em flagrante e devem responder por corrupção passiva. Eles serão encaminhados para audiência de custódia ainda hoje. Segundo o delegado Felipe Vasconcelos, a polícia não descarta que os funcionários possam ter feito outras vítimas.

O Ipaam se manifestou sobre as prisões e informoi que jia abriu processo administrativo para os fatos envolvendo Uziel e Franklin e que os dois já estão afastados de suas funções.

NOTA IPAAM

O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) informa que tomou conhecimento das prisões do gerente Franklin Ramos da Silva, 39 anos, e do assistente técnico Uziel Sevalho da Silva, 58, ocorridas na segunda-feira (10) pela Polícia Civil, e afastou dos dois servidores de suas funções.

O órgão de controle ambiental informa, também, que nesta terça-feira (11) abriu processo administrativo para apurar os fatos envolvendo os dois agentes públicos.

O Ipaam reitera o compromisso junto à sociedade amazonense de não aceitar qualquer tipo de extorsão, comportamento delinquente que venha a denegrir a imagem da instituição ou manchar o trabalho de centenas de pessoas éticas, profissionais e comprometidas que dedicam suas vidas no desempenho de suas atribuições no órgão Estadual de Meio Ambiente.