Depois de faltar à reunião de segunda-feira, 4, convocada pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro, na qual foi apresentado o chamado ‘Pacote Anticrimes’, o governador Wilson Lima (PSC) silenciou sobre as propostas que definem mudanças significativas no Código de Processo Penal (CPP). À imprensa, a assessoria do governador disse que ele teve compromissos institucionais.

Entre as propostas de Moro está o “ataque” a membros de facções criminosas espalhadas pelo país.  O ministro cita no capítulo VI de seu projeto, uma facção que “nasceu” no Amazonas, a Facção do Norte (FDN).

O projeto altera a Lei 12.850/2013, que trata sobre a alteração do conceito de organização criminosa. A proposta, que será enviado ao Congresso Nacional nos próximos dias, prevê o ‘agravamento de pena’ aos integrantes de facções.

Repercussão local

A reunião com Sérgio Moro contou com a presença de governadores de todo o país, onde os chefes do Executivo discutiram com o ministro os pontos do pacote que pretende aumentar o combate à violência por meio de leis mais rígidas.

Na maioria dos sites governamentais de vários estados brasileiros, os chefes do Executivo se manifestaram favoráveis ao Pacote Anticrimes de Sérgio Moro, sem citar diretamente a lei de combate a facções. No Amazonas, não houve pronunciamento oficial sobre o assunto.

Plano de governo

Nos 12 itens sucintos apresentados no seu Plano de Governo para a Segurança Pública, quando concorreu ao cargo de governador, no ano passado, Wilson Lima reservou duas linhas para combater os grupos criminosos.

No texto, consta que o candidato - se fosse eleito – iria realizar o “Fortalecimento do Serviço de Inteligência voltado ao combate ao crime organizado e ao tráfico de drogas.”

Sem conseguir resolver  problema básicos na Saúde e Educação,  o novo governador ainda não mostrou um projeto concreto para a Segurança Pública, um de seus principais temas de discursos nos programas eleitorais e comícios.