AAM alerta sobre falta de médicos para atender 600 mil pessoas no interior do Amazonas
Manaus/AM - O presidente da Associação Amazonense de Municípios (AAM), Andreson Cavalcante, esteve na tarde de quinta-feira (17), na Secretaria de Estado de Saúde (Susam) para tratar de demandas prioritárias que refletem na vida da população do interior.
A dificuldade no preenchimento de vagas disponibilizadas pelo programa Mais Médicos foi um dos principais temas da reunião entre Andreson Cavalcante e o Secretário Executivo Adjunto de Atenção Especializada do Interior, Cássio Espírito Santo.
De acordo com o presidente da AAM, a preocupação gira em torno da possibilidade de quase 600 mil pessoas serem penalizadas com a ausência dos profissionais.
“Hoje, há uma espécie de Plano Emergencial nos municípios para durar 30 dias, onde eles estão arcando com as contratações. Mais que isso, as prefeituras não vão conseguir custear. É importante unir forças para que o nosso povo do interior não sofra por falta de atendimento”, disse Andreson Cavalcante.
Mesmo com problemas no déficit orçamentário e com dívidas de exercícios anteriores, o Secretário Executivo Adjunto de Atenção Especializada do Interior, revelou que alternativas estaduais estão sendo analisadas para minimizar tanto a questão do Mais Médicos quanto outras necessidades.
“Apoios, financiamentos e até mesmo acordos bilaterais estão sendo estudados como forma de não deixarmos a população descoberta de atendimento na área da saúde. Medidas já estão sendo adotadas para superarmos esse cenário e melhorar a situação financeira da Susam. Isso ajudará a garantirmos um serviço de qualidade no Estado”, disse Cássio Espírito Santo.
Além disso, questões relacionadas à celeridade nas nomeações de servidores públicos no interior, liberação de equipamentos, insumos e medicamentos também foram pautas do encontro.
Ao deixar o órgão, o presidente da AAM avaliou como positiva a reunião e destacou a sensibilidade da nova gestão do Governo do Amazonas com a realidade do interior do Estado.
“Eles conhecem as nossas dificuldades e as peculiaridades da região. São cientes que não podem adotar políticas públicas iguais para situações diferentes. Deixamos a reunião com a esperança de tratarem nossos municípios com um olhar mais próximo e diferenciado”, finalizou Andreson Cavalcante.
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