Desembargador do caso Bruno diz que goleiro não tem chance de absolvição
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O desembargador do caso Bruno, Doorgal Andrada, não está nem um pouco satisfeito com a soltura do goleiro e afirmou que vai se esforçar ainda mais para que o craque seja julgado novamente ainda este ano e cumpra o restante da pena determinada para ele. Segundo Andrada a justificativa apresentada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de que o jogador estaria cumprindo pena sem ter sido julgado, não cabe porque o jogador já foi a júri popular e acabou condenado a mais de 22 anos de prisão em primeira instância:
"O caso do Bruno não se encaixa nisso. Ele teve ampla defesa, passou por um júri popular, fez sustentação oral. Ele já foi julgado, é diferente daquele preso que não passou por julgamento”, disse em entrevista ao site Uol.
Doorgal explica que o caso de Bruno abriu margem para que outros réus do mesmo processo também entrasse com o pedido de soltura, tendo em vista o mesmo argumentado apontado pelo STF para conceder a liberdade ao ex-flamenguista. De acordo com ele, só nos últimos três meses, os advogados dos acusados fizeram mais de 18 movimentações processuais para tentar o mesmo benefício para os seu clientes.
Questionado sobre a possibilidade da absolvição do goleiro, o desembargador adiantou, é praticamente impossível, uma vez que ele foi condenado por um júri popular:
'"O caso vai chegar ao TJ vindo de um júri popular. A Constituição é clara, o júri é soberano. Quando se trata de um homicídio, sete pessoas do povo são chamadas para julgar. Em um processo assim, se ele vier condenado, o tribunal não tem o poder de absolver. Ele pode mudar a pena, mas não absolver. Ele pode anular o júri, se julgarmos que houve falha, mas aí teria um novo júri que pode julgá-lo culpado novamente", reintera.
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ASSUNTOS: absolvição, goleiro bruno, julgamento, Esportes