Gradiente gerou prejuízo de R$ 17 milhões ao governo do Amazonas em 2011
Manaus/AM - O surgimento de notícias sobre o retorno da Gradiente a Manaus neste ano trouxe à tona outras tentativas de ressurgimento ao Polo Industrial de Manaus (PIM), como a que ocorreu em 2011, quando a empresa recebeu R$ 17 milhões da Agência de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam). O investimento nunca trouxe retorno ao Estado, gerando uma dívida de mais de R$ 23 milhões que supostamente foram restituídos em 2017 após a operação Greenfield da Justiça Federal.
A Gradiente recebeu um total de R$ 68 milhões em 2011. Esse valor foi repassado em partes iguais de R$ 17 milhões pelos fundos de pensão da Petrobras (Petros), da Caixa Econômica Federal (Funcef), pela Afeam e também pela empresa americana Jabil. O investimento era considerado de risco, pois a Gradiente possuía uma dívida de R$ 515,6 milhões, quando fechou as portas em 2007. Além disso, era de conhecimento que a empresa devia entre R$ 400 milhões a bancos e fornecedores.
Mesmo com todos esses recursos a empresa não retornou a Manaus gerando um prejuízo ao contribuinte do governo do Amazonas pelo mal investimento. Esse valor supostamente só foi restituído após o Ministério Público Federal (MPF) fechar um acordo com o banco Bradesco para reparar R$ 111 milhões em danos causados por fraudes em fundos de pensão que acabou beneficiando a Petros, Funcef e também a Afeam.
O acordo de reparação tem relação com a operação Greenfield, realizada pelo MPF, que foi homologado no final de 2017.
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