Trupe amazonense apresenta espetáculo ‘Cabelos Arrepiados’ em Brasília
Manaus/AM - A história de cinco crianças insones que tiveram seus sonhos ‘roubados’ invadiu os palcos do Centro Cultural Banco do Brasil Brasília. Produzida pela companhia amazonense Buia Teatro, a opereta "Cabelos Arrepiados" estreou no espaço na última quinta (13) e segue até 30 de julho.
É a primeira vez que um espetáculo infantojuvenil criado por um coletivo independente da região Norte do país chega ao Centro Cultural, inaugurado em 12 de outubro de 2000, após uma grande reforma de adaptação do Edifício Presidente Tancredo Neves.
“Isso é muito gratificante, porque significa que nosso trabalho está contribuindo para ampliar a visibilidade e o reconhecimento dos artistas da nossa região”, pontua o produtor cultural Tércio Silva, diretor do espetáculo e fundador da Cia Buia Teatro, ao lado da atriz, figurinista e artista visual Maria Hagge, que interpreta as pequenas Cora, Clara e Flora e também assina o figurino da opereta, inspirado na estética dos personagens da Monster High e da obra de Tim Burton.
O espetáculo – Conta com libreto da dramaturga carioca Karen Acioly, referência no teatro para a infância. Na história, as crianças são privadas de sono e enfrentam os medos gerados pelos maus pensamentos, ao mesmo tempo em que refletem sobre amizade, união fraternal, diálogo com os pais e os perigos da destruição do meio ambiente e do consumo desenfreado.
Experiência teatral mágica, “Cabelos Arrepiados” mistura fantasia, perigos reais e hipotéticos, humor e soluções inusitadas, compreendendo as vivências de crianças na sociedade contemporânea.
Os atores transmitem essa mensagem de forma exitosa. Além de Maria Hagge, o elenco é formado por Magda Loiana (que interpreta Flora, uma das cinco crianças), Dimas Mendonça (que faz o papel do pequeno Ciro) e Roque Baroque e Gustavo Gutemberg, que interpretam os guardiões dos sonhos Juca e Chico, respectivamente (dois protagonistas travessos inspirados nos personagens criados pelo escritor alemão Wilhelm Busch em 1985). Ao longo da opereta, eles manipulam o boneco Tico, que faz sucesso entre o público.
Para embelezar ainda mais a montagem, a cenografia conta com um palco giratório, inspirado no universo da patafísica (ciência das soluções imaginárias) de Alfred Jerry. Formas animadas, criadas pelos artistas Cleyton Diir e Dante, também potencializam a atmosfera onírica dos sonhos.
Novos Públicos
Encenado desde 2021, o espetáculo criado pela companhia Buia Teatro já circulou por cinco estados brasileiros e foi visto por mais de 20 mil pessoas, ampliando o público da trupe amazonense e garantindo importantes indicações e prêmios.
Ficha técnica:
Texto/Libreto: Karen Acioly
Direção: Tércio Silva
Estrelando: Maria Hagge, Magda Loiana, Gustavo Budemberg, Roque Baroque, Dimas Mendonça, Cleyton Diir, Flávio Café
Composição e Direção Musical: Jeferson Mariano
Figurinos: Maria Hagge
Cenário e Iluminação: Tércio Silva
Formas Animadas: Cleyton Diir e Dante
Identidade Visual: Dante
Costura: Solange Couto
Cenotécnico: Celio Roberto/ Central Técnica de Produção José Carlos Viana Marques
Técnico de Iluminação e Operação: Orlando Brum
Produção: Cia Buia Teatro
Produção Local Brasília: Ana Celina de Sousa
Com informações da assessoria
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ASSUNTOS: Agenda Cultural