Festival Mova-se de Dança tem programação para toda a família neste fim de semana
Manaus/AM - Sábado (21) e domingo (22), o Festival Mova-se ocupa o Teatro Amazonas e o Largo de São Sebastião com uma programação repleta de movimentos corporais. Toda a programação será aberta ao público.
O sábado começa às 14h, com oficinas ligadas ao gênero, que acontecem no Casarão de Idéias (rua Barroso, 279, Centro). Em seguida, às 17h, no Largo de São Sebastião, as intervenções urbanas serão apresentadas pelo alunos da Universidade Estadual do Amazonas (UEA).
Dando continuidade das atividades, o Mova-se faz suas primeiras Batalhas All Style, pela 6ª. Edição do “Mova-se na Rua”. Nas quarta de finais, oito duplas já foram selecionas para disputar neste sábado. E amanhã (21), apenas quatro duplas disputam a premiação em dinheiro. A grande final acontece no palco do Teatro Amazonas, às 19h.
Às 20 h, a Cia. Enlugar Arte e Movimento (AM), apresenta o espetáculo “Enlugar”, também no Largo de São Sebastião. A montagem traz reflexões e experimentos sobre a relação corpo-espaço em casa abandonadas do Centro da Cidade de Manaus. Pensar ajustes e acordos entre os elementos desta relação permite entender que o corpo e o espaço estão compilados em uma troca mútua renovando e ressignificando o entorno.
Sessão Tarja Preta
Na programação deste sábado, às 22h, no Casarão de Idéias, o destaque será a sessão “Tarja Preta”, que tem classificação indicativa 18 anos, pelo ator piauiense Zé Reis, que atualmente reside em Brasília.
A montagem “Frango” estreou em 2016, depois passou a percorrer vários festivais, como em São Paulo, Brasília, Curitiba, Recife e até na Colômbia.
Segundo Zé Reis, o espetáculo fala da relação do corpo humano e um frango cru, no qual esse frango é visto como uma metáfora para pensar a efemeridade humana. É um trabalho que evoca questões de heteronormatividade, de memória e opressão, de sexualidade, de fragilidade reprimida no corpo, ao mesmo tempo dialogando com o sublime.
O espetáculo tem dramaturgia e direção de Eduardo Bruno e Zé Reis; coreografia e performance: Zé Reis; som: Arnold Gules e Mastruz com Leite e luz: Ana Quintas.
Último dia do Mova-se
No domingo, o destaque vai para a encenação “Morte e Vida (ainda) mais Severina”, da Cia. O Clã da Dança (SP), que faz apresentação às 18h, no Largo de São Sebastião.
“Morte e Vida (Ainda)Mais Severina” é baseado na obra literária Morte e Vida Severina de João Cabral de Melo Neto. Sua linha narrativa segue dois movimentos que aparecem no título ”Morte e Vida”. No primeiro temos o trajeto de “Severinas” em face da opressão econômica - social. No segundo temos a euforia da ressurreição da vida e do otimismo.
A seca retratada no espetáculo se faz tão presente e abrangente nos dias atuais, como a seca cultural, política e física. O espetáculo também aborda por meio do regionalismo o empoderamento e a luta feminina numa sociedade patriarcal em decadência.
A montagem tem direção Júlia Diniz; iluminação, operador de Luz e cenário é de Ederson Cleiton e a trilha sonora de Beatriz Mainara.
Às 19h, começa a sessão de encerramento do X Festival Mova-se de Dança com a Gandhicats Project (AM), com a montagem “A última Luz que Vi”. Um espetáculo de dança que surgiu a partir de uma coreografia, de mesmo nome, apresentada no Festival Internacional de Hip Hop (FIH2) em 2017.
A concepção do projeto, em linhas gerais, partiu-se de uma indagação e de uma necessidade do coreógrafo e diretor artístico Gandhi Tabosa de compartilhar reflexões acerca do Holocausto, genocídio de judeus durante a Segunda Guerra Mundial. A partir desse contexto, o espetáculo propõe construir uma ambientação provocada por esse cenário.
A montagem cênica e coreográfica retrata os momentos difíceis vividos pelos judeus e busca compor uma visualidade onde elementos simbólicos e coreográficos representem o pesadelo da perseguição e a luta pela sobrevivência.
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