Serafim diz que é engano do governo criminalizar enfermeiros no Amazonas
Manaus/AM - O deputado Serafim Corrêa (PSB) disse, nesta terça-feira (17), na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), que é equívoco do governo do Estado a intenção de criminalizar os enfermeiros e técnicos que decidiram não trabalhar porque estão com seis meses de salários atrasados.
O caos da saúde pública no Amazonas chegou a repercutir em uma matéria veiculada no Jornal Nacional, da Rede Globo, nessa segunda-feira (16). “O que aconteceu no último final de semana não merece aplausos, ao contrário, merece o repúdio, porque crianças estão, definitivamente, na fila da morte. A saúde está cada vez mais relegada a segundo plano. É preciso o mínimo de consciência do governo do estado na direção de que essa é uma responsabilidade dele”, afirmou Serafim.
O líder do PSB na Casa Legislativa ainda disse que se solidariza à categoria e destacou que nenhuma medida para solucionar o problema foi realizada. “O ano se passou e as coisas, ao invés de melhorarem, pioraram. As medidas que precisaram ser tomadas e que foram anunciadas não foram tomadas. Tudo isso é muito ruim. Quero manifestar a minha solidariedade aos enfermeiros, aos técnicos de enfermagem”, defendeu Serafim.
O parlamentar acredita que a Justiça Federal não aplicará qualquer penalidade contra os enfermeiros, mas sim, contra o devedor, ou seja, governo do estado.
“Qualquer coisa que ele faça nessa direção soa muito mal. Podem, inclusive, reverter contra ele. No Rio de Janeiro, o atraso é de dois meses. Aqui, existem atrasos de seis meses. No Rio, o prefeito tem 72% da rejeição do governo. Aqui não deve ser diferente. É um equívoco do governador achar que ficar seis meses sem pagar salário ainda vai criminalizar, porque o cidadão não vai trabalhar. O trabalhador não tem dinheiro para comer, não tem dinheiro para o transporte, claro que não pode trabalhar. Quem será o juiz que vai dar qualquer penalidade contra os enfermeiros? É mais provável que o juiz dê a quem não paga. Isso contraria qualquer possibilidade de bom senso”, concluiu Serafim Corrêa.
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