MP se apressa em denúncia e atropela parecer da polícia no 'Caso Flávio'
Manaus/AM - Na manhã desta sexta-feira, 29, o Ministério Público do Amazonas (MP-AM) publicou seu parecer em resposta às conclusões da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) referente ao “Caso Flávio”. No entanto, o parecer está causando estranheza por tratar de assuntos não questionados pela polícia no relatório final da investigação.
Para especialistas, o documento apresentado pelo MP demonstra inconsistências entre o parecer policial e a denúncia ministerial, atribuindo acusações que não foram feitas pelos investigadores da DEHS.
Uma das possíveis disparidades é sobre a acusação contra Alejandro Valeiro. Enquanto a DEHS aponta o motivo de omissão para o indiciar, o MPAM impõe conduta de execução dolosa (cometeu o crime por vontade própria), mesmo não havendo qualquer indício apontado neste sentido pela investigação policial ou pelos laudos periciais.
Também consta na denúncia que Elielton Magno (que foi ferido nas costas) e José Edvandro (que se escondeu no banheiro) como participantes de fraude e outros crimes conexos, e que deveriam usar tornozeleiras eletrônicas. Ambos não foram indiciados pela polícia.
Já o cozinheiro Vittório, que conforme os depoimentos não viu a chegada dos encapuzados, também é acusado, mas que devido a sua doença, deverá comparecer mensalmente em juízo, como medida cautelar diversa.
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