Internado após tomar cerveja da Backer tem alta após 6 meses
Após quase 180 dias internado em um hospital de Belo Horizonte, sendo 65 em leito de terapia intensiva, o bancário Luciano Guilherme finalmente voltou para casa na semana passada. Ele é uma das 42 vítimas identificadas pela Polícia Civil que foram intoxicadas pela substância dietilenoglicol, encontrada nas cervejas da Backer. As investigações, que completam cinco meses nesta segunda-feira (8), ainda seguem em fase de conclusão, segundo a Polícia Civil.
Segundo um site de notícias do Globo, a alta hospitalar, para evitar possível contágio de Covid-19, foi em ritmo de comemoração, com direito a balões e até serenata cantada pela equipe do hospital que cuidou dele.
O bom humor de Luciano esconde o sofrimento que passou. Ele contou que comprou a cerveja Belorizontina, da Backer, durante promoção de Black Friday, no final de novembro, em um supermercado do bairro Buritis, na Região Oeste da capital. Poucos dias depois de consumir a bebida, começou a sentir mal-estar. Com pressão alta, dores abdominais e sem conseguir ir ao banheiro, acabou sendo internado em 6 de dezembro de 2019.
No período em que esteve no hospital, teve paradas cardíacas e passou por cirurgia de colostomia, para retirada de 70 cm do intestino que foi perfurado pelo dietilenoglicol. Luciano perdeu 37 quilos e também está com as funções renais permanentemente comprometidas, além de danos à audição, visão e paralisia facial.
Mas, com várias sequelas, ainda vai precisar de acompanhamento de fisioterapeuta, fonoaudiólogo e medicamentos.
Os contatos telefônicos e e-mails enviados à Backer pela família dele nunca foram respondidos, para esclarecer sobre os valores de despesas não cobertas pelo plano de saúde e a perda de renda.
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