Advogada detida com drogas foi apenas testemunha, diz OAB-AM: 'mal entendido'
Manaus/AM - A OAB-AM (Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Amazonas) emitiu uma nota de repúdio afirmando que a advogada Suiane Vitória da Silva Doce não foi presa por tráfico de drogas e classificando o episódio como um "mal-entendido".
Em nota, a instituição declarou: “O Conselho Seccional da OAB-AM manifesta repúdio à divulgação de informações inverídicas associando a advogada Suiane Vitória da Silva Doce a uma suposta prisão por tráfico de drogas. Esclarecemos que não houve prisão em flagrante, que a advogada foi ouvida como testemunha e posteriormente liberada, estando em liberdade e colaborando com as autoridades.” A entidade também reforçou seu compromisso com as prerrogativas da advocacia.
“Estivemos na delegacia para defender o exercício profissional. O que foi alegado é que ela estava em exercício naquele momento e teria sido confundida”, afirmou o presidente da OAB-AM, advogado Jean Cleuter Mendonça.
O que disse a Rocam - O caso ocorreu na quinta-feira (21) na invasão Celebridade, no bairro Terra Nova, zona Norte de Manaus. Segundo policiais da Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam), Suiane e um homem foram flagrados com 10 kg de drogas em um carro, após serem abordados pela viatura.
A advogada foi liberada após depoimento, enquanto o homem teve a prisão preventiva decretada.
Juiz pede investigação - Após pedido do promotor José Felipe Fish, o juiz Rivaldo Matos Norões Filho solicitou uma investigação para apurar a conduta do delegado Mário Luiz Campos Monteiro Júnior que liberou a advogada, apontando que ela estava no mesmo local e contexto do crime.
Em nota, a Polícia Civil informou que será instaurado um processo administrativo interno para apurar as circunstâncias do caso. "O delegado responsável pelo procedimento durante o plantão será questionado para esclarecer as circunstâncias que levaram a tal convencimento, e todas as medidas cabíveis serão adotadas.", disse a PC-AM.
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