Manaus/AM – O arcebispo de Manaus, dom Leonardo Steiner, concedeu coletiva de imprensa na manhã de hoje (21) e respondeu aos questionamentos sobre a possível indicação do seu nome no conclave que escolherá o novo.

Dom Leonardo disse que uma assembleia nacional deve ocorrer nos próximos dias para tratar desse e de outros assuntos relevantes.

Bastidores da Política - Crime organizado comanda invasões para ampliar território em Manaus

Bastidores da Política
Crime organizado comanda invasões para ampliar território em Manaus

“Eu devo ser convocado para participar da eleição uma vez que sou cardeal eletivo, assim como todos cardeais com menos de 80 anos. E certamente receberemos também o convite para participar das cerimônias do sepultamento”, afirmou.

O líder religioso, contudo, disse que ainda não há maiores detalhes sobre o procedimento porque o Vaticano ainda deve emitir o comunicado oficial para os cardeais.

“Nós ainda devemos receber algum comunicado. Como sabem, nós na próxima semana devemos ter a Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.

O Dom Jaime, cardeal Spengler está convocando uma reunião extraordinária para vermos o que fazer com a Assembleia, porque ainda não temos as informações necessárias do dia do sepultamento, aonde será sepultado e também ainda não sabemos quando iniciarão as sessões de diálogo que normalmente acontecem antes da eleição.

Tudo isso ainda estamos no aguardo, mas haverá esse tempo que normalmente são em torno de 15 20 dias, mas devemos receber as informações do cardeal Farrell, que é o chamado carmelengo.

Dom Zenildo Lima, bispo auxiliar, também falou sobre o processo de escolha do novo papa e disse que não há preferidos entre os indicados.

“Para a eleição de um novo papa, é num conclave, o novo papa é escolhido entre os cardeais. Há uma expressão que se diz que num conclave quem entra papa sai cardeal. Não existe essa intenção de nomes que se destacam dos preferidos. Evidentemente, as especulações se constroem, mas quase sempre não se confirmam.

Então, não passa por esse processo como nós atualmente somos acostumados a acompanhar. Depois tem um elemento muito interessante, uma expressão latina da teologia sobre a igreja que diz que a igreja é sempre reformando a resta. A igreja está sempre num processo de mudança, sempre num processo de transformação. Cada pontificado deixa a sua marca na igreja nos últimos anos”, ressaltou.

Steiner também lembrou do cuidado do papa Francisco para com a Amazônia e relembrou como foi nomeado por ele como cardeal local.

“Eu primeiro quero agradecer por ele me ter nomeado para Amazônia. Eu numa conversa com ele eu disse: "Santo Padre, o senhor podia me enviar um dia para Amazônia.

Eu era secretário da CNBB e ele não esqueceu, Graças a Deus. Eu sou muito grato por estar aqui na Amazônia. Não precisava ser em Manaus, mas eu tinha o desejo, sim, de um dia poder servir a igreja na Amazônia, que eu tinha estado e sim na Amazônia estando em São Félix da Araguaia como bispo. Nesse sentido, sou muito agradecido ao Papa”, destaca.