Arcebispo de Manaus, Dom Leonardo Steiner está entre possíveis sucessores de Papa Francisco

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Manaus/AM - Com a notícia da morte do Papa Francisco, a Igreja Católica volta seus olhares para o processo de escolha de seu novo líder, o tradicional conclave. O Colégio Cardinalício, composto por cardeais de diversas partes do mundo, terá a responsabilidade de eleger o sucessor que guiará a Igreja em um período de significativos desafios globais. Em meio a uma lista de possíveis candidatos apontados por especialistas do Vaticano, destaca-se o nome do arcebispo de Manaus, Dom Leonardo Ulrich Steiner, de 74 anos.
Dom Leonardo Steiner foi elevado ao cardinalato pelo Papa Francisco em maio de 2022, tornando-se o primeiro cardeal da Amazônia brasileira. Nascido em Forquilhinha (SC), ele trilhou uma longa trajetória na Ordem dos Frades Menores, professando em 1976 e sendo ordenado sacerdote em 1978. Sua nomeação como bispo ocorreu em 2005, pelo Papa João Paulo II, e em janeiro de 2020, assumiu a Arquidiocese de Manaus, sucedendo a Dom Sergio Castriani.

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Com formação em Filosofia, Pedagogia e doutorado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Antonianum de Roma, Dom Leonardo expressou, à época de sua nomeação como cardeal, que via o gesto do Papa Francisco como "uma expressão de carinho, acolhida, proximidade e cuidado para com toda a Amazônia". Ele também manifestou seu desejo de colaborar com o Pontífice para manter a região amazônica em foco dentro da Igreja. Sua ascensão ao cardinalato é vista como um reconhecimento da importância da Amazônia e de suas questões para a Igreja Católica global.
Além de Dom Leonardo, outros nomes são considerados possíveis sucessores de Francisco, segundo especialistas do Vaticano:
Cardeal Pietro Parolin (Itália): Atual secretário de Estado do Vaticano, com vasta experiência diplomática.
Cardeal Matteo Zuppi (Itália): Arcebispo de Bolonha, com postura progressista e foco em questões sociais.
Cardeal Pierbattista Pizzaballa (Itália): Patriarca Latino de Jerusalém, conhecido pelo diálogo inter-religioso no Oriente Médio.
Cardeal Jean-Marc Aveline (França): Arcebispo de Marselha, considerado o "favorito" de Francisco.
Cardeal Péter Erdo (Hungria): Arcebispo de Esztergom-Budapeste, com forte formação acadêmica e postura conservadora.
Cardeal José Tolentino de Mendonça (Portugal): Prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação, poeta, teólogo e intelectual renomado.
Cardeal Mario Grech (Malta): Secretário-geral do Sínodo dos Bispos, com foco em diálogo inter-religioso e justiça social.
Cardeal Luis Antonio Tagle (Filipinas): Cardeal-arcebispo de Manila, conhecido por seu compromisso com a justiça social e direitos humanos.
Cardeal Robert Francis Prevost (EUA): Prefeito do Dicastério para os Bispos.
Cardeal Wilton Gregory (EUA): Arcebispo de Washington D.C., primeiro cardeal afro-americano da Igreja.
Cardeal Blase Cupich (EUA): Arcebispo de Chicago, com abordagem pastoral inclusiva.
Cardeal Fridolin Ambongo Besungu (República Democrática do Congo): Arcebispo de Kinshasa, defensor da paz e justiça social na RDC.
Cardeal Sérgio da Rocha (Brasil): Membro do Conselho de Cardeais, com experiência em diversas arquidioceses brasileiras.
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