Bolsonaro critica vacina, elogia cloroquina e cita situação de Manaus

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Após vinte minutos da live de 1h realizada nesta quinta-feira (14) nas redes sociais, o presidente da República, Jair Bolsonaro, e o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, comentaram o caos que Manaus está vivendo, com falta de leitos e oxigênio.
O presidente, que não prestou condolências aos amazonenses e deu uma série de declarações contrárias ao que dizem as autoridades mundiais de saúde, voltou a falar contra a vacina, focando nos possíveis efeitos adversos, e a fazer propaganda da hidroxicloroquina, que não tem eficácia comprovada, no suposto “tratamento preventivo” do vírus

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“Tem gente que está morrendo no canto do hospital, como se estivesse morrendo afogado. Imediatamente, as coisas são resolvidas”, disse ele, elogiando Pazuello.
“Ninguém vai ser obrigado a tomar vacina. Não quer tomar, não tome. É um direito seu. Afinal de contas, é algo emergencial, não temos comprovação. Se fosse um remédio que não fizesse mal, comprovadamente não tivesse efeito colateral, nem assim eu ia obrigar a tomar. Quem dirá algo emergencial, que não é devidamente comprovado”, disse. “[...] Se eles [Anvisa] não certificam, vai que é uma coisa boa”, comentou o presidente sobre a necessidade de esperar a aprovação da Anvisa.
O ministro da Saúde, por sua vez, chegou a questionar a eficácia do uso de máscaras e do isolamento social, e disse que “estar de bem com a vida”, alimentar-se bem e trabalhar aumentam a “imunidade” contra o vírus.
E disse que a umidade é um dos fatores para o colapso que o Amazonas está vivendo mais uma vez durante a pandemia. Ele citou a falta de tratamento precoce da doença e o número reduzido de unidades hospitalares especializadas como causadores do colapso.
“Já estamos no período chuvoso novamente no Amazonas, e no período chuvoso a umidade fica muito alta e você começa a ter complicações respiratórias. O outro fator é que Manaus não teve a efetiva ação no tratamento precoce com o diagnóstico clínico no atendimento básico e isso impactou muito a gravidade da doença. Por outro lado, a infraestrutura hospitalar de atendimento especializado é bastante reduzida em Manaus em termo de percentual, é um dos menores do País. Se juntar os dois fatores e colocar o clima, vai ter uma grande procura por tratamento especializado. Nesse modelo tem falta de recursos humanos e oxigênio”.
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