Caseiro é condenado por matar adolescente que tentou apanhar rambutã em Tabatinga
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Manaus/AM - Willian Murayari Armas, natural da Colômbia, foi condenado a 28 anos e oito meses de prisão, acusado de atirar contra adolescentes que tentavam apanhar rambutã em uma propriedade, em Tabatinga, no Amazonas. O ataque causou a morte de Alexandre Gama Lopes, que tinha 13 anos.
De acordo com o TJAM, o crime ocorreu no dia 21 de janeiro de 2020 quando os adolescentes retornavam, com um grupo grande de outros amigos, de um banho no Igarapé Urumutum e decidiram parar em um sítio que ficava no caminho do retorno à casa deles, a fim de apanhar rambutã (uma fruta da região amazônica).
Ao chegarem ao sítio, os três amigos escalaram o muro da propriedade. Lucas Felipe desceu para dentro do terreno para buscar as frutas, enquanto os outros dois – Alexandre Gama Lopes e Vitor Ricardo Castilho Garcia – permaneceram em cima do muro. Nesse momento, os três foram surpreendidos pela presença de Willian, que era “caseiro” da propriedade, o qual disparou um tiro, atingindo Alexandre (pelas costas, numa região próxima à nuca) e Vitor, ferido na região das nádegas.
Alexandre morreu no local. Mesmo ferido, Vitor conseguiu fugir. Conforme a denúncia do Ministério Público, o adolescente Lucas Felipe, que se encontrava dentro do terreno foi dominado e colocado de joelhos por William. Desesperado, implorou para não morrer, e só não foi atingido imediatamente por um tiro porque a arma de William falhou. Nesse momento, o menino conseguiu escalar de volta o muro e fugir pelo mato, enquanto o réu voltou a atirar em sua direção.
Willian foi condenado por um homicídio qualificado (praticado por motivo fútil) contra a vítima Alexandre Gama Lopes e por duas tentativas de homicídio qualificado (contra Vitor Ricardo e Lucas Felipe).
Willian Murayari Armas que, segundo a sentença, assumiu a autoria do crime na fase extrajudicial, encontra-se foragido e foi julgado à revelia. O juiz Edson Rosas Neto decretou a prisão preventiva do sentenciado.
Da sentença, cabe apelação.
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ASSUNTOS: Amazonas