Cheia no Amazonas deve permanecer dentro da normalidade, diz órgão meteorológico

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Manaus/AM - O Amazonas vive um momento delicado com a cheia dos rios, que afeta diversas regiões do estado. De acordo com o Serviço Geológico do Brasil (SGB), 23 municípios estão em alerta devido à cheia de 2025, com três em situação de emergência: Guajará, Humaitá e Boca do Acre. Apesar disso, o órgão prevê que a inundação em grande parte do estado deverá se manter dentro da normalidade, com exceção da região sul, onde as águas já começaram a invadir áreas residenciais.
Em Manaus, a previsão é de que o Rio Negro não ultrapasse o recorde de 2021, quando atingiu 30,02 metros. O SGB estima que o nível do rio chegue a 28,68 metros, o que colocaria a cidade entre a cota de inundação (27,5 metros) e a cota de inundação severa (29 metros). A Defesa Civil Municipal já se prepara para os impactos da cheia, com planos para a construção de pontes e ações específicas em bairros como Educandos e São Jorge.

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A situação é mais grave em Boca do Acre, onde o Rio Purus começou a invadir residências, forçando a prefeitura e a Marinha a distribuir água potável e oferecer apoio médico. Em Humaitá, o Rio Madeira já atingiu pontos críticos, inundando estradas e dificultando o acesso de crianças às escolas. A agricultora Léia Garcia relatou dificuldades para transportar seus filhos até a escola devido às condições precárias das vias inundadas.
Embora o SGB tenha emitido o primeiro alerta de cheia para 2025, o pesquisador André Martinelli destacou que a tendência é de uma cheia dentro dos padrões normais, sem grandes enchentes. A previsão é que as chuvas continuem em abril e maio, mas sem os extremos registrados em anos anteriores. No entanto, o monitoramento contínuo e o apoio das autoridades locais são essenciais para mitigar os efeitos das inundações nos municípios mais afetados.

ASSUNTOS: Amazonas