CMM anula concurso público após recomendação do MPAM
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Manaus/AM - O presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM), David Reis (Avante), anunciou nesta sexta-feira (14) a anulação do concurso público realizado em 2024, seguindo recomendação do Ministério Público do Amazonas (MPAM), que apontou supostas irregularidades no certame.
"Estamos aqui para fazer um anúncio que interessa a toda a cidade de Manaus. Eu na condição de presidente da CMM recebi o convite do Ministério Público para que estivéssemos aqui e eu aproveitei e convidei todos os vereadores que quisessem se fazer presente. Estávamos aqui no dia de ontem, na presença de 24 vereadores e 2 promotores, e após a exposição dos fatos apresentados pelo Ministério Público, de forma coletiva e após receber as recomendações, a Câmara tomou como decisão anular o certame do ano passado. E esta é a nossa decisão", disse David Reis.
A decisão de anulação foi tomada na quinta-feira (13), em consenso com a Procuradoria-Geral da CMM e com 23 dos 24 vereadores presentes. Um novo edital deve ser publicado até setembro de 2025, com ajustes para garantir maior transparência no processo seletivo.
Inicialmente, o MPAM sugeriu a anulação apenas para os cargos de procurador legislativo e médico. No entanto, após novas reuniões, foram identificadas falhas mais amplas, incluindo ausência de cotas raciais, contratação irregular da banca organizadora e suspeitas de favorecimento no cargo de procurador legislativo. Diante dessas constatações, a decisão foi estendida para todos os cargos.
Ao ser questionado sobre a acusação de favorecimento no cargo de procurador e um possível afastamento do profissional, o presidente da CMM afirmou que o caso será apurado "As coisas precisão ser apuradas, comprovadas. Existem indícios, fatos, mas eu de pronto ofício, afirmo que não é assim que as coisas devem acontecer. Não será feito dessa forma".
Ainda durante coletiva de imprensa, Reis afirmou que analisará formas de amparar os candidatos que participaram do concurso. Ele ressaltou também que os vereadores da Câmara não buscaram contestar as acusações pois eles foram "convencidos pelos fatos apresentados no dia de ontem".
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