Conselho Tutelar promove palestra para pais e alunos
Um levantamento feito pelo Conselho Tutelar da zona Centro-Oeste constatou que há nas seis escolas municipais localizadas no bairro do Tarumã apresentando um alto número de atos infracionais praticados por adolescentes. O número chega ser de pelo menos 20 casos envolvendo os alunos, por escola. Com o intuito de prevenir problema futuros e prestar esclarecimentos aos pais e adolescentes, foi realizado, na manhã desta quinta-feira, 12, um ciclo de palestras para alertar sobre a temática.
A atividade aconteceu na Escola Municipal Dalvina Andrade, no Parque Riachuelo, e teve a participação de pais e alunos, além de representantes do Conselho Tutelar, Comissão da Criança e do Adolescente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional Amazonas, Delegacia Especializada de Apuração de Atos Infracionais (Deaai) e Secretaria de Estado de Assistência Social (Seas).
“Nós queremos trabalhar a prevenção por meio do aconselhamento. Explicar ao adolescente e sua família as consequências dos atos infracionais e o que isso reflete. Esperamos, sobretudo, mudança de comportamento partindo de uma reflexão. Fizemos essas palestras para que haja reflexão e mudança, com o intuito de diminuir esses números nas escolas”, explicou a conselheira tutelar da zona Centro-Oeste, Daiana Pimenta.
A chefa da Divisão Distrital Zonal (DDZ) Oeste, Regina Ortiz, ressaltou a importância desta parceria com o poder público e os pais e a relação do bom comportamento dos estudantes no processo de aprendizagem em sala de aula.
“A maioria dos alunos tem problemas familiares o que leva a tê-los um baixo rendimento escolar e uma baixa assiduidade. Então, o Conselho Tutelar acertou com esse evento, já que chamou tanto as crianças quanto os responsáveis. É uma grande ajuda para nós, da educação. O rendimento escolar é muito influenciado. A questão familiar é o nosso grande vilão neste quesito”, observou.
Aprendizado
O aluno da Escola Municipal Professora Terezinha Coelho, Emanuel Pereira, 11, foi indicado a assistir às palestras por conta de seu mau comportamento em sala de aula, principalmente, por não largar o celular. Ele contou o que aprendeu nas palestras que assistiu.
“Eu sei que não tive um bom comportamento. Aqui na palestra eu entendi que não pode usar celular na escola, porque as crianças se viciam em celular igual os adultos se viciam em droga. Eu aprendi também que a droga acaba em morte e isso não é legal”, afirmou.
Convidada pelo Conselho Tutelar, a titular da Delegacia Especializada em Apuração de Atos Infracionais (Deaai), Rita Tenório, parabenizou os envolvidos na ação. “É interessante que sempre haja essa interação entre os conselhos tutelares com a delegacia do menor infrator, tendo em vista que a gente sempre tenta prevenir que o adolescente chegue à delegacia para responder por um ato infracional. Então, sempre que puder nós estaremos presentes em ações como essa, que serve de prevenção para adolescentes e crianças”, destacou.
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