Defensoria vai analisar itens do novo decreto para reabertura do comércio em Manaus
A Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM) manifestou preocupação com a reabertura do comércio em Manaus, mesmo que de forma gradativa, e pediu observância criteriosa à curva de contágio do Coronavírus para resguardar a população do interior do Estado, onde não há leitos de UTIs.
Na noite desta quarta-feira (27), o governo do Amazonas divulgou o plano de retomada gradual das atividades não essenciais na capital, a partir de 1º de junho, com quatro ciclos. Conforme anunciou o governo, o avanço para cada etapa do ciclo dependerá da curva de casos em Manaus do novo Coronavírus.
Em reunião realizada na tarde desta quarta-feira (27) com chefes dos poderes do Estado, o governador Wilson Lima pontuou para membros da Defensoria, Tribunal de Justiça do Estado (TJ-AM), Ministérios Públicos Estadual, Federal e do Trabalho, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-AM) e Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM) o plano de retomada das atividades comerciais na capital.
Na ocasião, o defensor público geral do Estado, Ricardo Paiva, observou que o Poder Executivo não conseguiu fiscalizar com eficiência o cumprimento do decreto de isolamento social vigente até agora e, por isso, há incertezas quanto à fiscalização após a reabertura gradual do comércio.
“A reabertura é algo que todos esperam, mas vejo com muita preocupação e cautela”, afirma Ricardo Paiva. “Enquanto na capital a gente pode ter uma redução no número de mortes por Covid-19, no interior o contágio está se alastrando e, se não há UTIs nos municípios, esses pacientes precisam ser deslocados para a capital. Então, haverá uma sobrecarga no sistema de saúde em Manaus da mesma forma”, pontua.
De acordo com Ricardo Paiva, a Defensoria vai analisar cada item do novo decreto a ser publicado pelo governo do Estado e avaliar as medidas a serem adotadas, a fim de que a população não volte a testemunhar cenas de caos em hospitais e cemitérios.
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