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Ex-subsecretaria de saúde do Amazonas mentiu em depoimento, diz STJ

Por Portal Do Holanda

09/10/2020 14h06 — em
Amazonas


Dayana afirmou que foi pressionada para que confirmasse a dispensa de licitação.Foto: Reprodução
Dayana afirmou que foi pressionada para que confirmasse a dispensa de licitação.Foto: Reprodução
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Manaus/AM - Em decisão que motivou a segunda fase da Operação Sangria, deflagrada na quinta-feira (8), o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Francisco Falcão afirmou que a ex-subsecretária de Saúde do Amazonas, Dayana Priscila Meija de Souza mentiu em depoimento sobre a compra de respiradores pelo Governo do Amazonas para enfrentamento da pandemia de Covid-19.

Segundo Falcão, Dayana teria ocultado fatos sobre sua participação no esquema de superfaturamento de até 133,67% da aquisição dos aparelhos, apesar da disposição de colaborar com os órgãos responsáveis, por iniciativa própria, assim que as investigações foram instauradas.

Em depoimento prestado na primeira fase da operação, Dayana afirmou que foi pressionada pelo ex-secretário executivo da Saúde João Paulo Marques para que confirmasse a regularidade do processo de dispensa de licitação referente à compra dos respiradores, mesmo depois de ter sido exonerada. A acusada alegou que, caso não assinasse a documentação, o governador e os secretários seriam penalizados.

O Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal, no entanto, afirmam que Dayana participou de negociações sobre a compra dos equipamentos com a empresária Luciane Zuffo Andrade, sócia da empresa Sonoar.

"Verifica-se ao longo dos diálogos que Dayana Mejia 'arruma' o processo de dispensa de licitação em favor da empresa Sonoar (apesar da Vineria Adega ter se sagrado 'vencedora'), solicitando da empresária Luciane Zuffo informações sobre os ventiladores pulmonares, bem como ajustando o quantitativo que seria adquirido pela Secretaria de Saúde", diz trecho da representação assinada pela subprocuradora geral da República, Lindôra Araújo.

Além de Dayana, foram presos o ex-secretário da Saúde do estado Rodrigo Tobias, o empresário Luiz Carlos Avelino Júnior, o empresário Gutemberg Leão Alencar e o engenheiro clínico Ronald Gonçalo Santos.


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