Fórum das Águas do Amazonas chegou a criticar serviços de abastecimento em Manaus
Manaus/AM - Em julho deste ano, o Fórum das Águas do Amazonas, composto por diversas organizações e movimentos sociais, expressou sua insatisfação com os serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário prestados pela empresa Águas de Manaus. A concessão privada, que começou em julho de 2000, já enfrentou diversas impugnações e investigações por parte do Ministério Público e da Câmara Municipal, que revelaram irregularidades e recomendou a quebra do contrato devido à precariedade dos serviços.
As principais reclamações incluem o baixo índice de esgotamento sanitário, que atende apenas 26% da cidade, tarifas elevadas e a falta de acesso à água potável em várias comunidades. Além disso, muitos bairros ainda recebem água de qualidade questionável, e a fiscalização dos serviços tem se mostrado ineficaz. O Fórum destacou que a privatização resultou em decepções contínuas para a população manauara.
O Fórum também ressaltou que a água é considerada um bem sagrado por várias tradições indígenas, que se opõem à sua mercantilização. A Organização das Nações Unidas reconheceu a água como um direito humano essencial, enfatizando que a comercialização desse recurso gera exclusão e desigualdade social. No contexto de Manaus, segundo o Fórum, essa privatização tem contribuído para a degradação ambiental e as tragédias associadas, exigindo uma mudança urgente de mentalidade.
O movimento busca promover uma nova consciência em relação à água, ressaltando a importância de respeitar e valorizar este recurso fundamental para a vida. A mensagem do Fórum das Águas é clara: a água não deve ser tratada como mercadoria, mas sim como um elemento vital que deve ser protegido e acessível a todos.
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