Laboratório para tratamento de distúrbios do sono tem atendimento gratuito em Manaus
Manaus/AM - Pessoas que sofrem com distúrbios do sono já podem contar com tratamento gratuito na rede pública de saúde do Estado. Esse benefício passou a ser possível com o Laboratório Público de Estudo do Sono, que foi inaugurado recentemente pela Fundação Hospital Adriano Jorge (FHAJ). Com serviço inédito no Amazonas, o laboratório é resultado de parceria entre a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e a FHAJ, sendo financiado com recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).
O espaço beneficiará pacientes da própria FHAJ e ainda, pessoas encaminhadas por outras unidades de saúde. O local conta com uma infraestrutura acústica adequada e um sistema de monitorização que permite fazer o acompanhamento dos pacientes. Para a realização de exames, o paciente será motivado a dormir e nesse período, uma equipe médica irá monitorá-lo. A finalidade é analisar vários parâmetros, entre os quais, frequências respiratória e cardíaca. Esses aspectos, somados a outros, ajudarão os médicos a identificar o grau de severidade dos distúrbios do sono e a partir daí, nortear o tipo de tratamento adequado.
Segundo o coordenador do laboratório, o médico Diego de Carvalho, pessoas que passam por este tipo de tratamento passam a dormir melhor, o que significa ter um sono mais reparador. Com isso, os pacientes conseguem fazer as atividades do dia a dia de maneira muito mais eficiente.
Legado para a Saúde do Amazonas - O Laboratório do Sono, como está sendo chamado, foi inaugurado nesta semana, juntamente com o Centro Observatório de Doenças Otorrinolaringológicas do Amazonas (COOA), projeto voltado ao desenvolvimento de pesquisas em doenças otorrinolaringológicas, que envolvem ouvido, nariz, garganta, tireoide e, ainda, as próprias doenças do sono.
Pesquisa inicial - Uma das primeiras pesquisas que serão desenvolvidas no COOA está relacionada a pacientes curados da Covid-19 e que tiveram sentidos, como olfato e paladar, afetados.
“A gente teve uma pandemia. As pessoas adoeceram e quem ficou com sequelas? Quais são (as sequelas)?”, questiona o coordenador. Conforme ele, essas respostas vêm por meio de pesquisas e pesquisa de qualidade, como várias que estão sendo desenvolvidas em outros centros de pesquisa na capital. “Aqui, é mais um centro de pesquisa que vai ajudar a dar respostas ou levar algumas informações para que a gente consiga ter, no estado, uma proposta de saúde como um todo”, frisa o médico.
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