O deputado Luiz Castro votou, nesta terça-feira, contra o Projeto de Lei oriundo de mensagem governamental que autorizou o Executivo a emprestar R$ 110 milhões da Caixa Econômica Federal. “Seria incoerente aprovar um projeto que sequer explica em que obra esse dinheiro será usado”, criticou o parlamentar.

O projeto alterou a Lei nº 3.780, de julho de 2012, que autorizava o empréstimo de R$ 100 milhões, junto ao banco alemão Kredtanstalt Fur Wiederaufbal IPEX-Bank, que desistiu da operação, de acordo com deputados da bancada de situação. Eles tentaram explicar que o dinheiro seria destinado à conclusão da obra da Arena da Amazônia.

Luiz Castro criticou o acréscimo de R$ 10 milhões, sem que houvesse uma justificativa técnica para o aumento do empréstimo e para a troca de instituição bancária. “O governo deveria enviar uma planilha de custos da obra, elaborada por profissionais credenciados pelo CREA”, reclamou.

O deputado também votou contra o Projeto de Lei autorizando o governo a contrair empréstimo de R$ 700 milhões junto ao Banco do Brasil, que de acordo com deputados da situação será empregado na pavimentação de estradas. Os dois projetos foram aprovados pela bancada majoritária governista.

Para Luiz Castro, o Governo do Estado desrespeita a Casa ao enviar projetos sem planejamento e sem definição de metas, contrariando a Lei de Responsabilidade Fiscal, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e o Plano Plurianual. “Se houvesse bom senso, esses projetos teriam que ser retirados de pauta, até que os secretários viessem explicar as razões dos empréstimos”, criticou.