Mineração na Amazônia revela exploração e impactos para o futuro, diz especialista

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Manaus/AM – A exploração mineral na Amazônia perpetua um modelo colonial de transferência de riquezas, beneficiando potências internacionais em detrimento das populações locais. A professora Cristiane Derani, especialista em Direito Ambiental Econômico, destacou, durante um debate em Manaus, que a mineração na região segue a lógica histórica de extração e deslocamento de recursos, prática que vem prejudicando o equilíbrio econômico e social. Segundo ela, a economia deveria ser inclusiva e reconhecer o meio ambiente como base de suas construções, algo que raramente ocorre.
Durante a Roda de Conversa, organizada pela Universidade Federal do Amazonas, foi discutido como a prática de exploração dos recursos naturais, como o potássio, exemplifica essa dinâmica. Derani alertou para as consequências negativas da mineração, que frequentemente deixa um rastro de desigualdades e degradação ambiental. A alegação de geração de empregos e desenvolvimento, segundo a professora, mascara as mazelas econômicas, sociais e culturais impostas às comunidades locais.

Armadilha econômica e política
Além disso, Derani posicionou-se contra grandes projetos de infraestrutura, como a repavimentação da BR-319, argumentando que esses empreendimentos frequentemente reforçam os modelos tradicionais de desenvolvimento predatório. Ela enfatizou que alternativas mais sustentáveis e inclusivas deveriam ser buscadas para beneficiar de fato as populações da Amazônia sem comprometer seu futuro.
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ASSUNTOS: Amazonas