Movimentação financeira e troca de sócios complica Norte Serviços na CPI da Saúde
Ouvido na CPI da Saúde da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) nesta quarta-feira, dia 1º, o procurador da Norte Serviços Médicos, Carlos Henrique Alecrim John levantou mais dúvidas acerca dos serviços prestados pela empresa à Susam, que envolve a lavagem de roupa hospitalar, entre outros.
Os membros da CPI questionaram o volume diário de 3,5 mil kg de roupa hospitalar lavada diariamente, fechando em 44 toneladas, para uma clientela, no hospital de campanha da Nilton Lins, de 308 pacientes, no pior momento da pandemia.
Uma das possibilidades levantadas pelos membros da CPI é investigar quem realmente manda na empresa cuja sócia majoritária foi citada apenas como Cris Elídia. A Norte Serviços já faturou cerca de R$ 24 milhões junto ao governo estadual entre 2017 e 2020, conforme a CPI.
A empresa mostrou ter bloqueios judiciais em virtude de causas trabalhistas, o que a impediria de participar de licitações, mas não em processos indenizatórios. O depoente, como testemunha, também informou movimentações financeiras acima de R$ 5 milhões que podem ser motivo de questionamento junto à Receita Federal.
As mudanças na composição societária da Norte Serviços, a permanência do procurador Carlos Henrique e o fato, informado por ele, de que só presta serviços ao setor público foram outros pontos que levaram os deputados à possibilidade de oficiar a Receita Federal para obter mais esclarecimentos obre a atuação da empresa no caso envolvendo o hospital de campanha da Nilton Lins.
ASSUNTOS: cpi da saúde, hospital de campanha, nilton lins, Norte Serviços Médicos, pandemia, Amazonas