‘Não vamos criar uma falsa ilusão’, diz prefeito de Manaus sobre reabertura do comércio
Manaus/AM - O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, pediu cautela quanto à reabertura do comércio na capital do Amazonas, durante o período de pandemia do novo coronavírus. “Não vamos criar nas pessoas uma falsa ilusão de que todo mundo que for para a rua estará empregado”, disse o prefeito, em vídeo publicado nas redes sociais sobre a retomada gradual de atividades prevista pelo governo estadual, para o próximo dia 1° de junho.
A afirmação foi dada após o ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, declarar que teme uma nova onda de Covid-19 em Manaus. Segundo Arthur, as medidas de prevenção, como distanciamento e isolamento social entre servidores municipais, vão continuar. Além disso, novas atitudes serão tomadas. “Certas secretarias minhas não vão funcionar, algumas serão extintas e outras vão continuar em regime de home office. Enquanto eu sentir que o perigo existe, procurarei proteger as pessoas, por mais que essas não sejam as atitudes mais simpáticas”, destacou.
Crise
A questão de desemprego, apontada por Arthur Virgílio, se deve à crise instalada há dois anos, antes mesmo da pandemia chegar ao Brasil. O prefeito acrescentou que o Brasil não tem capacidade, no momento, de gerar empregos. “As pessoas vão voltar a perceber que não há vagas e que ainda vivemos uma crise de desemprego brutal, onde muitos setores estão desaquecidos”, relatou, considerando que Manaus enfrenta a crise usando as ferramentas disponíveis, mas sem induzir um contexto de normalidade à população.
Números
Além da crise, o prefeito justificou a cautela com base nos números de sepultamentos na capital, que também funcionam como termômetro para a reabertura. “Manaus ficou, por muito tempo, acima de cem enterros diários. Há 15 dias, estamos em redução, aproximando-se do que era antes da doença, algo entre 20 e 35, mas vamos continuar monitorando essa curvatura”, frisou.
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